A Operação Shamar, uma ação coordenada pelas Forças de Segurança do Estado do Tocantins, foi concluída na sexta-feira, 15, resultando na prisão em flagrante de 92 pessoas envolvidas em casos de violência doméstica e familiar contra mulheres, incluindo duas prisões por feminicídio. Um contingente de 379 policiais percorreu todo o estado, do norte ao sul, realizando ações repressivas e educativas para combater a violência doméstica. Ao longo de 25 dias de intensa atividade, a operação atendeu 542 vítimas, o que levou à instauração de 320 inquéritos policiais, dos quais 302 foram concluídos. Adicionalmente, 349 vítimas receberam medidas protetivas de urgência. Além das ações repressivas, 142 diligências de policiamento ostensivo foram realizadas para abordar diferentes casos de violência contra a mulher. A Operação Shamar também investiu em atividades de conscientização, alcançando crianças e adolescentes em escolas de 76 municípios do Tocantins. Foram ministradas 86 palestras, envolvendo um total de 9.629 jovens, com o intuito de transmitir a importância de não tolerar a violência doméstica, contribuindo para uma futura sociedade mais consciente. Além disso, houve palestras nas aldeias indígenas em colaboração com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), beneficiando as etnias Xerente, Krahô, Karajá e Javaé. O Dia D da Operação Shamar, ocorrido em 14 de setembro, foi marcado por ações repressivas e educativas em todo o estado. As equipes das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher e de Vulneráveis atuaram em 12 cidades do Tocantins, cumprindo mandados de prisão, busca e apreensão, ministrando palestras e realizando blitz educativas. A operação foi promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e coordenada no Tocantins pelo Sistema Integrado de Operações (Siop), vinculado à Superintendência de Segurança Integrada da Secretaria da Segurança Pública (SSI/SSP-TO). A Operação Shamar contou com a participação da Secretaria da Segurança Pública, Polícia Militar, Secretaria da Cidadania e Justiça, Secretaria da Mulher e Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais. O diretor do Siop, coronel da Polícia Militar Alon Amaral, enfatizou o sucesso da operação, destacando o planejamento e a dedicação de todas as forças de segurança envolvidas. "O sucesso dessa operação se deve ao envolvimento de todas as forças de segurança nessa missão e só temos a agradecer a cada um que se empenhou ao longo da operação", ressaltou.
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