Após o papa Francisco usar novamente o termo "frociaggine" — uma palavra ofensiva que pode ser traduzida como "bicha" ou "viado" em português — em reuniões com bispos, um estudante de psicologia da Universidade Ateneo de Manila, nas Filipinas, solicitou que o pontífice cesse o uso de linguagem pejorativa contra a comunidade LGBTQIAPN+.

O pedido foi feito durante a participação do jovem em um painel de discussão com o tema "Construindo Pontes na Ásia-Pacífico", que contou com a presença de estudantes universitários e do papa, e foi transmitido no YouTube.

“Parem de usar linguagem ofensiva contra a comunidade LGBTQIA+, isso causa uma dor imensa”, afirmou o jovem, identificado como Jack Lorenz Acebedo Rivera. “Eu mesmo sou excluído e intimidado devido à minha bissexualidade, minha homossexualidade, minha identidade e por ser filho de uma mãe solteira”, completou.

Durante o painel, o estudante, que usava uma faixa arco-íris representando o movimento pelos direitos LGBTQIAPN+, também pediu que o pontífice trabalhe para facilitar o divórcio nas Filipinas.

Em sua resposta, o papa Francisco condenou veementemente a discriminação, especialmente contra as mulheres, mas não abordou o pedido de Acebedo Rivera sobre o uso de linguagem homofóbica.

Em uma reunião interna no dia 20 de maio, Francisco afirmou que "já existe bichice demais" em seminários, ao solicitar que bispos italianos não aceitem padres abertamente gays, conforme reportado pela imprensa italiana. A declaração do Papa se tornou manchete em vários veículos italianos e argentinos nesta segunda-feira (27). Em resposta, o Vaticano emitiu um raro pedido de desculpas.

Da redação Ponto Notícias