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Greve de Motoristas de Ônibus em São Paulo

Sindicato e Empresas não Chegam a Acordo; Justiça Determina Operação Mínima

Por: Redação Fonte: Redação
02/07/2024 às 20h00 Atualizada em 02/07/2024 às 20h03
Greve de Motoristas de Ônibus em São Paulo
Motoristas de ônibus em assembleia discutem sobre a greve.

A paralisação dos motoristas de ônibus em São Paulo, prevista para esta quarta-feira (3), foi oficialmente confirmada na tarde de terça-feira (2), após o sindicato e as empresas não chegarem a um acordo durante uma audiência judicial.

A Justiça determinou que toda a frota de ônibus deve operar nos horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 18h. Fora desses períodos, os trabalhadores devem manter metade dos veículos em circulação na capital.

O Sindmotoristas, que representa os funcionários do sistema de transporte coletivo, não emitiu uma declaração oficial imediata após a audiência, mas convocou uma reunião plenária com os trabalhadores que resultou na confirmação da greve.

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O desembargador Davi Furtado Meirelles, do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), determinou uma operação mínima após a audiência de conciliação terminar sem acordo nesta terça-feira. Em caso de descumprimento da decisão, o sindicato dos motoristas poderá enfrentar uma multa de R$ 100 mil.

Na decisão, o juiz menciona que o sindicato das empresas de ônibus, o SPUrbanuss, aumentou sua oferta de reajuste salarial para 3,6% aos trabalhadores. Anteriormente, a proposta era de 3,23%. Além do reajuste, o sindicato patronal também incluiu uma cláusula de ajuste conforme a variação salarial determinada pela FIPE, conhecida como salariômetro, um parâmetro que tem sido objeto de discordância por parte do sindicato dos trabalhadores.

O desembargador Davi Furtado Meirelles, do TRT-2, relatou que o Sindmotoristas expressou que apenas um aumento salarial não satisfaz as demandas da categoria. Entre as reivindicações estão uma jornada de trabalho de 6 horas e meia com 30 minutos de intervalo remunerado, um ticket refeição mensal de R$ 38, participação nos lucros e resultados, cesta básica sem restrições, seguro de vida de 10 salários mínimos para motoristas e 5% sobre o valor vigente para outros trabalhadores.

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A greve dos motoristas foi aprovada em assembleia na última sexta-feira (28).

A decisão do juiz do trabalho atende parcialmente a um pedido da Prefeitura de São Paulo e da SPTrans, que solicitaram garantia de 100% da frota nos horários de pico e de 80% nos demais horários do dia.

"O SPUrbanuss espera que o bom senso prevaleça entre os trabalhadores", afirmou o sindicato patronal.

Segundo o Sindimotoristas, a base do sindicato representa aproximadamente 60 mil trabalhadores. De acordo com dados da SPTrans, responsável pelo transporte público municipal, o sistema atende cerca de 7 milhões de passageiros. A frota de ônibus na cidade de São Paulo é composta por aproximadamente 13,3 mil veículos.

Da redação Ponto Notícias

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