A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) fez um discurso no CPAC Brasil no último domingo, abordando um projeto de lei do qual é relatora que propõe eleições diretas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Durante seu pronunciamento, ela mencionou inquéritos conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que ela considera irregulares, como as investigações relacionadas aos manifestantes de 8 de janeiro e o inquérito das fake news.
Ela destacou preocupações com relação aos direitos dos advogados envolvidos nos casos, mencionando falta de acesso aos autos, restrições à sustentação oral e a condução virtual dos julgamentos através de vídeos gravados.
Ela também mencionou críticas ao inquérito das fake news, apelidado pelo ex-ministro Marco Aurélio como "inquérito do fim do mundo". Segundo a deputada, há falhas evidentes nesse inquérito, como a ausência de participação do Ministério Público, que já solicitou seu arquivamento sem sucesso. Ela também apontou que o inquérito é sigiloso e que o ministro responsável pela investigação também se considera vítima, além de exercer papel de julgador, uma situação que ela comparou a um processo kafkaniano, não condizente com os princípios democráticos.
Apesar da posição da OAB que defende a legalidade dos inquéritos conduzidos pelo Supremo Tribunal Federal, a deputada Bia Kicis discorda veementemente. Ela argumenta que há presos políticos no Brasil e que essas investigações estão causando grande sofrimento às famílias envolvidas. Bia Kicis enfatiza que, na sua visão, o maior crime atualmente no país é ser de direita ou apoiar o presidente Bolsonaro.
Como parlamentar, ela expressa preocupação com a perda de imunidade e a liberdade de expressão, mencionando que o simples ato de trazer esses temas à discussão pode ter repercussões pessoais. No entanto, ela declara que não se intimidará e continuará a se posicionar contra o que considera injustiças, afirmando determinadamente que não será silenciada.
Da redação Ponto Notícias