Na sexta-feira, 12 de julho, o gabinete presidencial de Javier Milei anunciou em Buenos Aires que o governo da Argentina classificou o grupo Hamas como uma organização terrorista internacional. Essa decisão diferencia a Argentina do Brasil, uma vez que o governo liderado por Lula não reconhece o Hamas dessa maneira, mesmo após o incidente em que o território israelense foi invadido, resultando na morte de mais de 1.200 pessoas e no sequestro de outras 239.
O documento afirma que o Hamas foi responsabilizado pelas atrocidades cometidas durante o ataque a Israel em 7 de outubro, adicionando-se a um extenso histórico de atentados terroristas realizados em seu nome. Além disso, nos últimos anos, foi revelado um vínculo entre o Hamas e a República Islâmica do Irã.
A liderança iraniana foi considerada responsável pelos atentados contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires e contra a AMIA [Associação Mutual Israelita Argentina] pela Câmara Federal de Cassação Penal em 11 de abril. Esses ataques resultaram na morte de mais de 100 cidadãos argentinos.
O presidente Javier Milei tem demonstrado um compromisso firme em reconhecer os terroristas pelo que são, destacando-se como a primeira vez que há uma vontade política clara de tomar tal atitude. Este governo tem reafirmado diversas vezes sua convicção de que a Argentina deve se alinhar novamente aos valores da civilização ocidental, que respeita os direitos individuais e suas instituições. Por isso, é considerado inadmissível que aqueles que atacam esses princípios não sejam oficialmente declarados como terroristas.
Em contraste, em 18 de outubro de 2023, o ministro de Relações Exteriores do governo Lula, Mauro Vieira, declarou que o Brasil não classifica o Hamas como grupo terrorista, seguindo a orientação do Conselho de Segurança da ONU. Vieira explicou, em uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, que nem o Hamas como organização, nem suas brigadas armadas foram designadas como terroristas pela ONU, e que o Brasil adota as designações feitas pelo Conselho de Segurança.
Em 13 de outubro de 2023, uma semana após o ataque perpetrado pelo Hamas em Israel, a revista Crusoé publicou um artigo intitulado "Chegou a hora de o Brasil ter a sua própria lista de terroristas". A matéria argumentava que vários países já possuem suas próprias listas de terroristas, contestando a justificativa dada pelo governo Lula.
O artigo explicava que tais listas permitem que os governos imponham sanções a empresas, impeçam a entrada de indivíduos perigosos ou congelem seus bens. Além disso, essas listas facilitam a cooperação entre nações. Por exemplo, como a Argentina e os Estados Unidos reconhecem o Hezbollah como grupo terrorista, isso torna mais fácil para os governos desses países solicitarem ações mútuas ou compartilharem informações.
O comunicado do Itamaraty, que afirma que o Brasil segue a lista do Conselho de Segurança da ONU, é apenas uma observação sobre como as coisas são feitas atualmente. O Hamas nunca será incluído nessa lista, pois a Rússia, que é membro do Conselho, mantém boas relações com o grupo. Ismail Haniyeh, um dos líderes do Hamas, visita Moscou frequentemente e se encontra com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov.
Desde então, os acontecimentos apenas confirmaram que Lula, ao acusar Israel de "genocídio" e permanecer em silêncio sobre o bombardeio russo a um hospital infantil em Kiev, alinha o Brasil com as posições dos aiatolás do Irã, dos líderes do Hamas e do ditador Vladimir Putin. O compromisso inabalável do governo petista é com esses grupos e líderes.
Da redação Ponto Notícias l Com informação Felipe Moura Brasil