Na capital do Rio de Janeiro, uma série de manifestações eclodiu durante a cerimônia de abertura da 2ª Conferência Estadual de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. O evento foi marcado por protestos direcionados à ministra da Saúde, Nísia Trindade, que enfrentou fortes pedidos para que deixasse o cargo. Paralelamente, havia um grupo menor de apoiadores que expressavam sua vontade de que a ministra continuasse em sua posição.
Durante um intervalo na conferência, o público presente começou a entoar coros de "fora Nísia", "Nísia mentirosa" e "Nísia vai cair". A conferência, realizada na renomada Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), atraiu principalmente sindicalistas e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). Enquanto os debates ocorriam, a tensão aumentou com vaias dirigidas tanto à ministra Nísia Trindade quanto à secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Isabela Cardoso de Mattos Pinto.
As críticas à ministra não são recentes. Desde que assumiu o cargo em janeiro de 2023, Nísia tem lidado com uma série de desafios, incluindo pressões por nomeações políticas e críticas pela lentidão na resposta a surtos de doenças como a dengue. Durante o evento, a atmosfera de desaprovação foi evidente, refletindo a divisão de opiniões entre os presentes.
Um dos temas mais controversos foi a proposta de transferir o controle do Hospital do Andaraí para a administração municipal. Essa mudança foi criticada como precipitada e mal planejada, com o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro ressaltando a ausência de consulta aos profissionais de saúde diretamente afetados pela decisão.
Até o presente momento, a ministra Nísia Trindade e sua equipe não se pronunciaram publicamente sobre as manifestações e críticas ocorridas durante a conferência. No entanto, ficou evidente a divisão entre os gritos de apoio e os de repúdio, refletindo o ambiente político e social tenso que o setor de saúde pública no Brasil está enfrentando.
Da redação Ponto Notícias