De acordo com a plataforma Buzzmonitor, que realiza o monitoramento das redes sociais, os memes envolvendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não são ataques organizados, como alguns aliados do governo acreditam. Na verdade, trata-se de uma manifestação espontânea que não começou recentemente. Haddad tem sido alvo de brincadeiras nas redes sociais e recebeu os apelidos de "Taxad" ou "Taxadd", devido ao aumento de tributações, como a taxação de compras internacionais de 50 dólares.
O monitoramento, divulgado nesta quinta-feira (18) pela Folha de S.Paulo, revela que, no primeiro dia de 2024, um usuário do X criticou “a sanha arrecadatória do Lula e seu vassalo Taxadd” em resposta a um post oficial do governo sobre o reajuste do salário mínimo. Desde então, as menções ao apelido não cessaram de crescer. Em janeiro, a expressão foi usada 339 vezes na rede social. O uso do apelido do ministro permaneceu baixo nos meses seguintes, atingindo um pico de 833 menções em meados de maio, até começar a crescer novamente na última semana, alcançando 895 menções.
Já na última segunda-feira (15), Haddad foi mencionado 3.294 vezes com o apelido "Taxadd" nas redes sociais. Segundo a investigação do Buzzmonitor, as citações do apelido do petista não são feitas por perfis falsos ou robôs, mas sim pelos próprios usuários. "São depoimentos de pessoas claramente alinhadas à direita, mas não de bots [robôs] ou de perfis que têm investimento de mídia", afirmou Breno Soutto, head de insights do Grupo Elife, responsável pela plataforma de monitoramento.
No WhatsApp, a situação era similar. Até então, a expressão "Taxadd" aparecia esporadicamente em 80 mil grupos públicos monitorados pela empresa Palver, sem grande relevância.
O cenário mudou significativamente na última segunda-feira. Além das 3.294 menções no X, memes como "Taxando Pobre Adoidado", inspirado em um filme clássico dos anos 80, e "Taxamento às Cegas Brasil", inspirado no sucesso da Netflix, circulavam amplamente pela web.
Da redação Ponto Notícias