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Crianças e adolescentes também sofrem de solidão?

A solidão entre crianças e jovens pode desencadear uma série de dificuldades

Por: Redação Fonte: Redação
27/07/2024 às 13h00
Crianças e adolescentes também sofrem de solidão?
O QG do Rolê, um dos projetos da Equipe AT, promove encontros que visam fortalecer a autonomia e socialização destes indivíduos.

A solidão não é exclusiva dos adultos. Existem muitas crianças e
adolescentes que vivenciam esse sentimento, mesmo estando rodeados de
amigos.

"A solidão, nessas fases da vida é uma emoção angustiante que pode
desencadear problemas sérios no desenvolvimento e tornar crianças e
jovens mais vulneráveis às dificuldades sociais, emocionais e aos
transtornos psiquiátricos", diz Filipe Colombini, psicólogo parental e
CEO da Equipe AT. "Por isso, é importante que os pais, cuidadores e
educadores fiquem atentos aos sinais que podem indicar a existência do
problema", conclui.

Quais são os sinais de solidão em crianças e adolescentes?
O especialista destaca que "sentir-se bem" quando está sozinho é
saudável e esse sentimento não deve ser confundido com a solidão, que
é uma sensação desagradável e que se configura como um sofrimento
constante. Entre os principais indícios de solidão estão:

● Baixa autoestima
● Depressão
● Alterações de peso
● Mudanças na alimentação
● Isolamento
● Alterações do sono
● Dificuldades acadêmicas

Quais as consequências da solidão nessas fases da vida?

A solidão entre crianças e jovens pode desencadear uma série de
dificuldades, incluindo isolamento social, baixa autoestima, ideações
suicidas e transtornos psiquiátricos, como depressão, esquizofrenia ou
transtornos de personalidade. "A criança pode perder a conexão com o
mundo e por isso é um problema que merece um olhar atento e cuidadoso,"
alerta o psicólogo.

Na vida adulta,  o indivíduo pode ter sua vida profissional e pessoal
prejudicada, em função das dificuldades de socialização.

Como deve ser o tratamento?

O tratamento da solidão infantil e adolescente deve combinar
psicoterapia e medicações, quando necessário. Em tempo: a modalidade
de terapia conhecida como AT (Acompanhamento Terapêutico) é muito
indicada, já que o profissional que é AT atua diretamente nos
ambientes das crianças e jovens, identificando na prática as
situações que levam à solidão e orientando práticas eficazes para
lidar com elas, em tempo real e no dia a dia. "O Acompanhamento
Terapêutico ajuda no desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais
e no resgate da socialização," explica Colombini.

O QG do Rolê, um dos projetos da Equipe AT, promove encontros que visam
fortalecer a autonomia e socialização destes indivíduos.

"No QG do Rolê formamos grupos de crianças, adolescentes e adultos com
dificuldades de socialização; que buscam desenvolver e manter
relacionamentos e que se reúnem e treinam em equipe suas habilidades em
prol da autonomia", explica Colombini. "Com esses grupos realizamos
diversas atividades de lazer, indo a parques, restaurantes, exposições
e até baladas, pensando sempre em promover de forma ativa a
independência, interação e amizade entre os participantes, que traz
importantes ganhos sociais", conclui.

Por fim, a família também tem papel crucial no tratamento. "Os
familiares que apoiam seus filhos e buscam ajudas, frente à solidão
que estes vivenciam, podem promover o bem-estar e fortalecimento
psicológico", diz o psicólogo.  "Por isso, a comunicação adequada e
a empatia com as crianças e jovens são fundamentais".

Mais sobre Filipe Colombini: psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT,
empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora
do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em
orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos.
Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia
da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).
Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo
Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas - Instituto de
Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e
Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação
em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico,
Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.

Da redação Ponto Notícias l Com informação  Caroline Fakhouri/ Beatriz Marques Dias

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