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Críticas Internacionais e Silêncio Brasileiro Após Vitória de Maduro

Resultados das eleições deste domingo levam a uma onda de dúvidas e questionamentos globais sobre a legitimidade do pleito, com Maduro declarado vencedor com 51%.

Por: Redação Fonte: Redação
29/07/2024 às 20h00
Críticas Internacionais e Silêncio Brasileiro Após Vitória de Maduro
Nicolás Maduro comemora vitória nas eleições enquanto líderes internacionais questionam a legitimidade do processo eleitoral na Venezuela.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou a vitória do ditador Nicolás Maduro nas eleições deste domingo (28). Diversas lideranças internacionais reagiram rapidamente ao anúncio, questionando a transparência do processo eleitoral. Presidentes de países como Brasil, Colômbia e México, todos com governos de esquerda e históricos laços com o chavismo, não haviam se pronunciado sobre o resultado — contestado pela oposição — até o momento da publicação desta reportagem. Em contraste, o presidente do Chile, Gabriel Boric, também de esquerda mas crítico de ditaduras, declarou que não reconhecerá "nenhum resultado que não seja verificável".

Gabriel Boric, presidente do Chile, afirmou que "o regime de Maduro deve entender que esses resultados são difíceis de acreditar". Ele enfatizou a necessidade de transparência total das atas do processo e que observadores internacionais independentes atestem a veracidade dos resultados. Boric expressou essas opiniões na rede social X, destacando a demanda da comunidade internacional e do povo venezuelano, incluindo os milhões no exílio, por transparência.

Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, de Tóquio, também manifestou "sérias preocupações" sobre o resultado anunciado. Ele afirmou que os EUA estavam preocupados com a possibilidade de o resultado não refletir a vontade nem os votos dos venezuelanos. Blinken destacou a importância de uma contagem justa e transparente dos votos e que as autoridades eleitorais compartilhem informações imediatamente com a oposição e observadores independentes.

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Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia, comentou: "O povo da Venezuela votou sobre o futuro de seu país de forma pacífica e em grande número. Sua vontade deve ser respeitada. Garantir transparência completa no processo eleitoral, incluindo a contagem de votos e o acesso aos registros de voto nas zonas de votação, é vital."

Luis Lacalle Pou, presidente do Uruguai, de direita, chamou o processo eleitoral venezuelano de "viciado" e avisou que "não se pode reconhecer um triunfo se não se confia na forma dos mecanismos utilizados para chegar a ele". A presidência da Costa Rica repudiou "categoricamente" o resultado da eleição venezuelana, considerada "fraudulenta".

No Peru, o ministro das Relações Exteriores, Javier Gonzalez-Olaechea, condenou "a soma de irregularidades com a intenção de cometer fraudes pelo governo venezuelano". O Peru convocou o embaixador venezuelano para consultas.

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Bernardo Arevalo, presidente da Guatemala, afirmou que a Venezuela "merece resultados transparentes e precisos que adiram ao desejo do seu povo". Ele ressaltou a importância das missões de observadores eleitorais, especialmente diante das dúvidas levantadas pelos resultados anunciados pelo CNE.

Em resposta às críticas, o regime venezuelano, por meio de um comunicado divulgado pelo ministro Yvan Gil, denunciou "uma operação de intervenção contra o processo eleitoral". Maduro, comemorando a vitória que lhe garantirá um terceiro mandato a partir de janeiro, declarou: "Temos de respeitar o árbitro e que ninguém pretenda manchar essa jornada bonita".

Da redação Ponto Notícias

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