O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, que lidera o Itamaraty Paralelo do governo Lula, fez declarações sobre a oposição venezuelana e a situação política na Venezuela em uma conversa gravada na RedeTV! com um ex-assessor de Lula. Na quinta-feira, 1º, Amorim afirmou que a oposição venezuelana “não consegue provar” a derrota do ditador Nicolás Maduro.

Amorim expressou descontentamento com a demora do Comitê Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela em divulgar os dados eleitorais. Ele destacou que, apesar das dúvidas levantadas pela oposição, ela não consegue apresentar provas concretas de que Maduro teria perdido a eleição. Segundo Amorim, a oposição pode levantar questões e criar incertezas, mas ainda não conseguiu provar a derrota do atual governo.

Para Amorim, que continua a demonstrar uma confiança firme na "consolidada democracia" venezuelana, a questão principal é a demora na apuração dos resultados eleitorais. Ele destacou que, em qualquer país, o ônus da prova recai sobre quem faz a acusação, mas, no contexto da Venezuela, o ônus está sobre o governo ou aqueles que são objeto de suspeição.

Amorim afirmou que, devido ao histórico político e ao contexto atual, há uma expectativa de que o governo venezuelano possa provar a validade da votação alegada. Ele questionou se a contagem realmente corresponde às atas e mencionou ter feito essa pergunta ao presidente Nicolás Maduro na presença do presidente da Assembleia. Segundo Amorim, Maduro respondeu que a questão poderia ser resolvida em dois ou três dias.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, discordou das afirmações de Celso Amorim sobre a eleição na Venezuela. Na quinta-feira, 1º de agosto, Blinken declarou que o oposicionista Edmundo González Urrutia foi o verdadeiro vencedor da votação realizada no último domingo, 28 de julho.

Blinken criticou a declaração de vitória de Nicolás Maduro pelo Conselho Nacional Eleitoral, que é controlado pelo chavismo. Segundo o secretário de Estado, o anúncio foi “profundamente falho” e o resultado não reflete a vontade do povo venezuelano.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que a declaração de Nicolás Maduro como vencedor da eleição presidencial na Venezuela não possui "nenhuma evidência" que a sustente. Blinken destacou que, apesar dos apelos dos venezuelanos e da comunidade internacional, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não divulgou as atas do pleito.

Ele citou a missão de observação independente do Centro Carter, que relatou a falta de resultados oficiais em nível distrital e diversas irregularidades, o que comprometeu a credibilidade do resultado anunciado pelo CNE. Blinken argumentou que, com base nas "evidências esmagadoras", está claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano que Edmundo González Urrutia foi o verdadeiro vencedor da eleição de 28 de julho.

No comunicado, Blinken também condenou as ameaças de prisão feitas pelo governo venezuelano contra González e a líder oposicionista María Corina Machado.

Da redação Ponto Notícias l Com informação O Antagonista