O governo Lula (PT) decidiu colocar sob sigilo 33 pesquisas de opinião que foram encomendadas pelo Palácio do Planalto desde 2022, as quais custaram 13 milhões de reais aos cofres públicos. A decisão de manter esses dados em sigilo foi motivada pela preocupação de que a divulgação poderia causar “maiores prejuízos à sociedade do que os benefícios de sua divulgação”, conforme registrado pela Folha de São Paulo. Segundo o jornal, os temas abordados nas pesquisas variam desde o Auxílio Brasil e a “conjuntura nacional” até a avaliação do primeiro ano de Lula.
À Folha, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) afirmou, em resposta ao pedido feito via Lei de Acesso à Informação (LAI), que a solicitação era “desarrazoada”, citando uma portaria de final de 2023 que regula o acesso às informações da Presidência. Em face da negativa, o jornal recorreu à Controladoria-Geral da União (CGU). No entanto, o sigilo das pesquisas foi mantido com a justificativa de que os dados “não constituem um dado frio” e ainda podem ser utilizados para futuras decisões do governo federal.
Além de não revelar o conteúdo das pesquisas, o governo Lula também decidiu ocultar o tema e o valor de cada levantamento. No entanto, esses dados estão disponíveis no portal da Secom sobre as ações de mídia do governo federal. O jornal revelou que as pesquisas sobre os primeiros cem dias e o primeiro ano de governo Lula foram as mais caras, custando cada uma 2,1 milhões de reais.
Durante a campanha presidencial de 2022, em junho, Lula prometeu: “É uma coisa que nós vamos ter que fazer: um decreto, um revogaço desse sigilo que Bolsonaro está criando para defender os amigos.”
No entanto, no primeiro ano de seu governo, Lula negou praticamente o mesmo número de pedidos de informação que o seu antecessor no último ano de gestão.
Da redação Ponto Notícias l Com informação A Folha
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