Em 15 de agosto de 1974, Brasil e China formalizaram uma aliança diplomática que, ao longo dos anos, consolidou a China como o maior parceiro comercial do Brasil. Nesta quinta-feira (15), celebra-se meio século de relações diplomáticas entre os dois países. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), essa relação bilateral é baseada na Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), estabelecida em 2004, que foi elevada ao status de parceria estratégica global em 2012 e, neste ano, marca duas décadas de sua criação.
Entre agosto de 2023 e julho de 2024, a China se manteve como o principal comprador dos produtos do agronegócio brasileiro, com exportações que alcançaram US$ 58,60 bilhões, refletindo um aumento de 10% em comparação ao período anterior. Em 2023, as exportações ultrapassaram a marca de US$ 60 bilhões, um recorde que representou um crescimento de mais de US$ 9 bilhões em relação a 2022.
No primeiro semestre de 2024, o Brasil exportou US$ 28,44 bilhões em produtos agrícolas para a China, com destaque para soja, milho, açúcar, carnes bovina e de frango, celulose, algodão e carne suína in natura. Além das exportações, o Brasil também importou produtos chineses, como itens florestais e têxteis, totalizando cerca de US$ 1,18 bilhão em importações.
Um fator determinante para o aumento das exportações foi a habilitação, em março de 2024, de 38 novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação para a China, sendo 34 frigoríficos e 4 entrepostos comerciais, elevando o número total de empresas brasileiras autorizadas a exportar para a China de 106 para 144.
O ministro Carlos Fávaro já realizou duas viagens oficiais à China, sendo a mais recente em junho deste ano, acompanhando o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Durante essa missão, o Governo Federal firmou um acordo para promover o café brasileiro na maior rede de cafeterias da China, com a previsão de venda de cerca de 120 mil toneladas do produto.
Para manter um diálogo contínuo e boas relações comerciais, a China é atualmente o único país que possui dois postos de adidos agrícolas brasileiros em Pequim. Segundo Perosa, a reativação de um diálogo produtivo com a China tem permitido avanços significativos, como a expansão das exportações de produtos-chave, o que fortalece ainda mais a posição do Brasil no cenário global.
Da redação Ponto Notícias
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