O número de bovinos em confinamento no Brasil aumentou em 32% nos primeiros sete meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano anterior. Esses dados são fornecidos pela empresa Ponta, que é especializada em tecnologia para gestão de informações e precisão na pecuária. A empresa gerencia dados de mais de 7 milhões de cabeças de gado anualmente em diferentes sistemas de produção.
O aumento do número de animais confinados no Brasil contrasta com a queda de 8,16% no preço da arroba do boi gordo nos primeiros sete meses do ano, de acordo com a cotação Cepea/Esalq/São Paulo. Apesar de uma leve recuperação após o valor atingir o menor ponto em junho, o preço ainda se mantém abaixo de R$ 240,00. Segundo Paulo Dias, CEO da Ponta, para os pecuaristas que dependem exclusivamente da alta da cotação para garantir seus lucros, o cenário não é promissor.
No entanto, aqueles focados em manter uma boa margem de lucro, aproveitando a redução nos custos alimentares e estocando os animais, estão em uma posição mais favorável. O aumento no confinamento de gado no início deste ano, comparado a 2023, reflete essa estratégia.
O aumento do número de animais confinados no Brasil contrasta com a queda de 8,16% no preço da arroba do boi gordo entre janeiro e julho, de acordo com a cotação Cepea/Esalq/São Paulo. Embora o preço tenha atingido seu ponto mais baixo em junho e esteja se recuperando, ainda se mantém abaixo de R$ 240,00. Paulo Dias, CEO da Ponta, observa que, para os pecuaristas que dependem exclusivamente da alta do preço da arroba para garantir resultados, o cenário é desanimador. No entanto, para aqueles focados na margem de lucro, aproveitando a redução dos custos alimentares e estocando animais, o panorama é mais favorável.
Dias também destacou que a combinação de fatores que impactaram o custo da arroba produzida nos lotes mais lucrativos das regiões Centro-Oeste e Sudeste foi a economia nos custos alimentares, associada ao aumento de produtividade, ganhos de peso, e rendimento de carcaça. No Centro-Oeste, os lotes "cabeceira" produziram arrobas a um custo R$ 72,73 menor em comparação aos lotes "fundo", enquanto no Sudeste essa diferença foi de R$ 47,27 por arroba. Essa maior eficiência dentro da porteira foi essencial para o sucesso dos lotes mais rentáveis em 2023.
Segundo a análise da Ponta, é possível determinar a parcela do lucro gerada exclusivamente pelo resultado das arrobas produzidas, o que revela a importância das variáveis sob controle direto do pecuarista, ou seja, aquelas que refletem sua capacidade de gestão interna.
Em 2023, no Centro-Oeste, as arrobas produzidas pelos lotes "cabeceira" geraram um lucro de R$ 717,69 por cabeça, representando 96,82% do lucro total. No Sudeste, esse valor foi de R$ 642,06 por cabeça, equivalente a 90,91% do lucro total.
Paulo Dias destacou que, quanto maior a contribuição das operações internas para o lucro total, menor é a exposição do negócio às variações de mercado. Isso significa que a sustentabilidade do confinamento está diretamente ligada à eficiência produtiva.
Pecuaristas que controlam bem seus custos de produção e se concentram na margem tendem a ser menos afetados pelas flutuações no preço da arroba, assegurando maior estabilidade em seus negócios.
Da redação Ponto Notícias
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