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Investigação Confirma Acessos Irregulares a Dados Fiscais em Caso Envolvendo Flávio Bolsonaro

Decisão judicial revela existência de grupo criminoso na Receita Federal e reforça a defesa do senador Flávio Bolsonaro no caso da “rachadinha”.

28/08/2024 às 10h00
Por: Redação Fonte: Redação
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Juiz José Arthur Diniz Borges durante cerimônia no Palácio do Planalto em 2021, encontro que antecedeu a recente decisão judicial sobre acessos irregulares na Receita Federal.
Juiz José Arthur Diniz Borges durante cerimônia no Palácio do Planalto em 2021, encontro que antecedeu a recente decisão judicial sobre acessos irregulares na Receita Federal.

Recentemente, a Justiça Federal do Rio de Janeiro reconheceu a existência de uma organização criminosa composta por funcionários da Receita Federal, que realizou acessos indevidos a informações fiscais. Essa revelação tem um impacto significativo, especialmente na defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso da "rachadinha," uma prática ilegal que envolve o repasse de parte dos salários de assessores ao parlamentar.

O juiz José Arthur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal, confirmou que houve acessos não autorizados ao sistema da Receita Federal. Essa decisão, divulgada pelo portal Metrópoles na última sexta-feira, 23, representa um avanço importante na compreensão dos acessos irregulares dentro da instituição.

Os acessos não autorizados aos dados fiscais dos servidores ocorreram antes de denúncias anônimas feitas contra dois auditores acusados de obterem riqueza de forma ilícita. A decisão judicial destacou que o processo administrativo foi supervisionado pela Corregedoria da Receita Federal. Em comunicado, a Receita Federal mencionou que a decisão está relacionada a incidentes semelhantes a outros casos já investigados e considerados infundados. No entanto, a Corregedoria anunciou que abrirá um novo procedimento para examinar as questões levantadas.

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Principais envolvidos:
Christiano Paes Leme Botelho, ex-chefe do Escritório da Corregedoria da Receita no Rio de Janeiro, é um dos principais nomes mencionados na defesa de Flávio Bolsonaro. Botelho está sob investigação por realizar acessos ilegais aos sistemas. Esse assunto foi discutido em uma reunião no Palácio do Planalto, que contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno, e o deputado Alexandre Ramagem.

Repercussão da Decisão
A reunião realizada em agosto de 2020, gravada e posteriormente examinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe à tona suspeitas de que estruturas da Receita Federal e do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) foram manipuladas para auxiliar na defesa de Flávio Bolsonaro. Essa reunião foi parte da investigação conhecida como "Abin paralela." Após o encontro, foi realizada uma investigação minuciosa nos sistemas da Receita para identificar acessos a dados fiscais de membros da família Bolsonaro e seus aliados.

Investigação na Receita Federal
Durante um período de quatro meses, uma equipe composta por cinco servidores foi encarregada de investigar a origem supostamente ilegal da apuração contra Flávio Bolsonaro. O grupo, liderado por Diogo Esteves Rezende, concluiu que as acusações contra Flávio eram infundadas. Contudo, a recente decisão do juiz José Arthur Diniz Borges fortalece a teoria de que os acusados foram alvos de um esquema criminoso dentro da Receita Federal.

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Este caso revela uma trama complexa envolvendo acessos irregulares a dados fiscais e decisões judiciais que têm implicações profundas para figuras políticas de destaque no Brasil. Em 2021, o juiz José Arthur Diniz Borges, que mais tarde absolveu Silvinei Vasques de improbidade administrativa, teve um encontro com o então presidente Jair Bolsonaro, sendo condecorado por ele em 2022.

A decisão judicial recente, que corrobora a tese da defesa de Flávio Bolsonaro, confirma a existência de um grupo criminoso dentro da Receita Federal. Esse grupo teria realizado acessos ilegais a dados fiscais, o que antecedeu denúncias anônimas e levou à abertura de um processo administrativo pela Corregedoria da Receita. Entre os envolvidos, destaca-se Christiano Paes Leme Botelho, ex-chefe do Escritório da Corregedoria da Receita no Rio de Janeiro.

Uma reunião no Palácio do Planalto, que foi gravada e analisada pelo STF no contexto da "Abin paralela", discutiu esse caso, sugerindo que as estruturas da Receita e do Serpro podem ter sido usadas para auxiliar na defesa de Flávio Bolsonaro. As investigações realizadas pela Receita Federal, lideradas por uma equipe de cinco servidores, inicialmente concluíram pela improcedência das acusações. No entanto, a decisão de Borges reforça a tese da defesa de que Flávio foi alvo de um grupo criminoso dentro do órgão.

Este caso continua a se desdobrar, com possíveis impactos na estrutura interna da Receita Federal e nas questões jurídicas envolvendo Flávio Bolsonaro e outros envolvidos.

Da redação Ponto Notícias 

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