Nos últimos 30 dias, houve uma expressiva redução no preço do morango no Brasil, com algumas regiões registrando uma queda de até 50%. Essa diminuição nos preços está ligada a fatores sazonais e ao crescimento da oferta da fruta no mercado.

O clima favorável em áreas produtoras, como São Paulo e Minas Gerais, possibilitou uma colheita abundante de morangos. Com a produção elevada, a oferta ultrapassou a demanda, levando à redução dos preços para os consumidores.

Com o começo da temporada de colheita em áreas-chave de produção, como São Paulo e Minas Gerais, a quantidade de morangos no mercado cresceu significativamente. Esse aumento se deve às condições climáticas favoráveis, caracterizadas por temperaturas moderadas e chuvas regulares, que favoreceram o desenvolvimento das plantas e resultaram em uma colheita farta.

A sazonalidade também influencia significativamente o preço do morango, especialmente entre julho e setembro, quando a produção atinge seu auge, levando a uma natural redução nos preços. Além disso, a maior competição entre os produtores, que aceleram suas vendas para evitar perdas devido à perecibilidade das frutas, contribui para essa queda nos valores.

No aspecto dos custos de produção, os produtores de morango têm experimentado uma diminuição nos gastos. Os preços de insumos agrícolas, como fertilizantes e defensivos, têm se estabilizado ou até reduzido nos últimos meses. Com a melhoria na eficiência produtiva, os produtores conseguem transferir parte dessas economias para os consumidores, oferecendo morangos a preços mais acessíveis.

A queda nos preços do morango representa uma excelente oportunidade para os consumidores, tornando a fruta mais acessível e atraente para ser incorporada na dieta diária. Rica em vitaminas, minerais e antioxidantes, o morango contribui para uma alimentação saudável e balanceada.

Viabilidade para o pequeno produtor familiar

Pesquisadores da HF Brasil ressaltam que o morango se destaca como uma das poucas culturas economicamente viáveis para o agricultor familiar de pequena escala. Segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2017, essa fruta é principalmente cultivada por agricultores com propriedades menores que 10 hectares, sendo comum o uso de áreas entre 0,5 e 1 hectare.

A necessidade de muita mão de obra em todas as etapas do cultivo, desde o plantio até a colheita, explica o uso limitado de mecanização, o que restringe a produção em larga escala. Por outro lado, esse tipo de cultivo oferece ao agricultor a chance de agregar valor ao produto. Embora o custo de produção seja alto, a crescente demanda pela fruta, devido às suas propriedades funcionais e sabor, tem beneficiado os produtores.

Os especialistas da HF Brasil também destacam que o ciclo prolongado da cultura, que varia de um a três anos, permite colheitas regulares dois meses após o plantio, garantindo um fluxo de caixa contínuo para o agricultor. Apesar dos custos elevados, os produtores de morango têm obtido rendimentos positivos nos últimos anos, com períodos de preços baixos sendo equilibrados por valores mais altos durante o ciclo. Essa rentabilidade, junto com o uso de variedades que permitem colheita durante todo o ano, está incentivando a expansão do cultivo de morangos.

Embora os preços atuais sejam vantajosos para os consumidores, a perspectiva para os próximos meses é de que os valores se estabilizem ou até aumentem gradualmente conforme a safra avança. Essa mudança é esperada devido à diminuição natural da oferta e a possíveis variações climáticas que podem impactar a produção.

Essa queda recente nos preços é uma oportunidade para os consumidores, que agora podem adquirir morangos a preços mais baixos, incentivando o aumento do consumo da fruta fresca, além de produtos derivados como sucos, geleias e sobremesas.

No entanto, é importante estar atento às futuras flutuações, já que a tendência é de uma estabilização gradual dos preços.

Da redação Ponto Notícias I  Com informação Henrique Rodarte