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Os Desafios Financeiros do Rebaixamento no Futebol: Um Olhar Sobre Corinthians e Fluminense

Análise dos impactos financeiros e estratégias de adaptação para clubes enfrentando a Série B

03/09/2024 às 13h00
Por: Redação Fonte: Redação
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A possível queda do Corinthians para a Série B pode significar uma perda financeira diária de R$ 468 mil.
A possível queda do Corinthians para a Série B pode significar uma perda financeira diária de R$ 468 mil.

Após cada etapa do Campeonato Brasileiro, os fãs dos times que estão ameaçados de queda para a divisão inferior recalculam as suas expectativas para saber quantos pontos ainda precisam conquistar para evitar o rebaixamento. Isso ocorre mesmo quando a equipe consegue vitórias, como foi o caso na rodada mais recente.

A possibilidade de rebaixamento do Corinthians e do Fluminense causa apreensão entre dois dos maiores grupos de torcedores do país. A descida para a Série B representa não apenas uma perda emocional significativa, mas também um impacto financeiro considerável.

Portanto, para os administradores dos clubes, é essencial calcular o custo do rebaixamento. No caso de equipes com alta dívida, como o Corinthians, qualquer redução na receita agrava ainda mais a dificuldade de reestruturação financeira. Embora o Fluminense também enfrentaria desafios se rebaixado, as consequências seriam menos severas devido a fatores atenuantes.

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Portanto, os números são alarmantes. Segundo uma análise de Cesar Grafietti, economista da Convocados, uma consultoria especializada em finanças esportivas, o rebaixamento pode acarretar uma perda diária significativa para o Corinthians.

Se o time for rebaixado, a receita bruta do clube para 2025 cairia para R$ 547 milhões, o que representa uma redução de 23,8% em relação à receita esperada caso permaneça na Série A. Com a permanência na elite, o clube teria uma arrecadação de R$ 718 milhões, desconsiderando a venda de jogadores.

Isso significa que, se o Corinthians for rebaixado, o clube perderia R$ 171 milhões em receita, resultando em uma perda diária de aproximadamente R$ 468,4 mil.

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Projeções de Faturamento do Corinthians para 2025

Série A

  • Direitos de TV: R$ 197 milhões
  • Publicidade e patrocínio: R$ 269 milhões
  • Bilheteira / Sócio-torcedor: R$ 217 milhões
  • Social: R$ 35 milhões
  • Receita Total: R$ 718 milhões

Série B

  • Direitos de TV: R$ 86 milhões
  • Publicidade e patrocínio: R$ 242 milhões
  • Bilheteira / Sócio-torcedor: R$ 185 milhões
  • Social: R$ 35 milhões
  • Receita Total: R$ 547 milhões

Fonte: Convocados
A receita total considera a receita recorrente corrigida, excluindo a venda de jogadores.

Impactos Financeiros do Rebaixamento para o Corinthians

Redução do Número de Jogos A descida à Série B reduz significativamente o número de partidas de uma temporada, que diminui de mais de 70 para cerca de 50. Por exemplo, o Santos, que participa apenas do Campeonato Paulista e da Série B, terminará o ano com 54 jogos. Em contraste, o Fluminense, em 2023, participou de 72 partidas ao chegar às finais do Carioca, Libertadores e Mundial de Clubes.

Mudanças no Contrato de Direitos de TV Para a temporada de 2025, já se projeta uma redução nas receitas provenientes dos direitos de TV devido às alterações no contrato de concessão desses direitos. Essa mudança afetará todos os clubes, não apenas os rebaixados, resultando em ganhos menores nessa categoria.

Impactos na Arrecadação Os clubes que descem para a Série B geralmente enfrentam uma queda na arrecadação com programas de sócio-torcedor e bilheteira. Embora a presença no estádio possa aumentar, os preços médios tendem a ser menores, conforme observa Grafietti.

Consequências Financeiras do Rebaixamento para o Corinthians Para Grafietti, o rebaixamento do Corinthians seria “desastroso” do ponto de vista financeiro. O clube, que já enfrenta dificuldades financeiras na Série A, depende fortemente de sua receita atual para tentar reestruturar suas finanças. A descida para a Série B agravaria ainda mais sua situação econômica.

Análise dos Impactos Financeiros do Rebaixamento para Corinthians e Fluminense

Reestruturação e Impactos no Corinthians A falta de progresso na reestruturação financeira do Corinthians poderia levar a uma “incapacidade de operação” caso o clube seja rebaixado. Isso forçaria o time a vender muitos jogadores, o que diminuiria o preço de venda e não seria suficiente para manter o clube funcionando. Essa situação agravaria ainda mais a crise financeira já existente.

Arrecadação do Corinthians nas Últimas Temporadas

  • 2021:
    • Direitos de TV: R$ 294 milhões
    • Publicidade e patrocínio: R$ 186 milhões
    • Bilheteria/sócio-torcedor: R$ 30 milhões
    • Social: R$ 14 milhões
    • Receita total: R$ 527 milhões
  • 2022:
    • Direitos de TV: R$ 332 milhões
    • Publicidade e patrocínio: R$ 145 milhões
    • Bilheteria/sócio-torcedor: R$ 135 milhões
    • Social: R$ 50 milhões
    • Receita total: R$ 662 milhões
  • 2023:
    • Direitos de TV: R$ 307 milhões
    • Publicidade e patrocínio: R$ 215 milhões
    • Bilheteria/sócio-torcedor: R$ 197 milhões
    • Social: R$ 30 milhões
    • Receita total: R$ 750 milhões

Impactos Financeiros no Fluminense O rebaixamento do Fluminense também teria um efeito financeiro considerável, com uma redução esperada de R$ 104 milhões em suas receitas, o que representa uma queda de 25,6% em relação ao seu potencial de arrecadação para 2025. No entanto, o clube ainda teria uma receita total superior à dos anos de 2021 e 2022, em parte devido à sua participação no novo Mundial de Clubes.

Arrecadação do Fluminense nas Últimas Temporadas e Projeções

  • 2021:
    • Direitos de TV: R$ 196 milhões
    • Publicidade e patrocínio: R$ 22 milhões
    • Bilheteira/sócio-torcedor: R$ 13 milhões
    • Social: R$ 15 milhões
    • Receita total: R$ 248 milhões
  • 2022:
    • Direitos de TV: R$ 158 milhões
    • Publicidade e patrocínio: R$ 34 milhões
    • Bilheteira/sócio-torcedor: R$ 49 milhões
    • Social: R$ 16 milhões
    • Receita total: R$ 265 milhões
  • 2023:
    • Direitos de TV: R$ 277 milhões
    • Publicidade e patrocínio: R$ 50 milhões
    • Bilheteira/sócio-torcedor: R$ 96 milhões
    • Social: R$ 22 milhões
    • Receita total: R$ 465 milhões
  • 2025 (Série A):
    • Direitos de TV: R$ 125 milhões
    • Publicidade e patrocínio: R$ 75 milhões
    • Bilheteira/sócio-torcedor: R$ 56 milhões
    • Social: R$ 25 milhões
    • Mundial de Clubes: R$ 115 milhões
    • Receita total: R$ 407 milhões
  • 2025 (Série B):
    • Direitos de TV: R$ 50 milhões
    • Publicidade e patrocínio: R$ 60 milhões
    • Bilheteira/sócio-torcedor: R$ 42 milhões
    • Social: R$ 25 milhões
    • Mundial de Clubes: R$ 115 milhões
    • Receita total: R$ 303 milhões

Projeções Financeiras e Estratégias para Rebaixamento no Futebol

Impactos no Corinthians O Corinthians enfrentaria uma significativa queda em sua receita caso seja rebaixado. A previsão indica uma perda de aproximadamente R$ 171 milhões em comparação ao faturamento que o clube esperaria na Série A. Esse impacto representaria uma redução de 23,8% na arrecadação, traduzindo-se em uma perda diária de cerca de R$ 468,4 mil.

Projeções de Faturamento em 2025

  • Série A:
    • Direitos de TV: R$ 197 milhões
    • Publicidade e patrocínio: R$ 269 milhões
    • Bilheteira/sócio-torcedor: R$ 217 milhões
    • Social: R$ 35 milhões
    • Receita total: R$ 718 milhões
  • Série B:
    • Direitos de TV: R$ 86 milhões
    • Publicidade e patrocínio: R$ 242 milhões
    • Bilheteira/sócio-torcedor: R$ 185 milhões
    • Social: R$ 35 milhões
    • Receita total: R$ 547 milhões

Estratégias para Rebaixamento Para gerenciar o impacto financeiro do rebaixamento, é crucial que o clube reavalie e reduza seus custos. A redução de despesas com o elenco e a reavaliação de contratos são estratégias essenciais. Cortar salários e negociar com clubes para a transferência de jogadores menos utilizados são medidas recomendadas. O exemplo do Santos, que ajustou seu orçamento e reduziu o teto salarial após o rebaixamento, pode servir como referência. Por outro lado, o Grêmio, que manteve custos altos durante sua passagem pela Série B, conseguiu se recuperar ao retornar à elite.

Custo do Rebaixamento para Outros Clubes Análises de clubes como Grêmio e Bahia, que foram rebaixados recentemente, mostram o impacto severo da queda para a Série B:

  • Grêmio:

    • 2021 (queda): Receita bruta de R$ 356 milhões
    • 2022 (Série B): Receita bruta de R$ 206 milhões (-42%)
    • 2023 (retorno): Receita bruta de R$ 382 milhões
  • Bahia:

    • 2021 (queda): Receita bruta de R$ 191 milhões
    • 2022 (Série B): Receita bruta de R$ 91 milhões (-52%)
    • 2023 (retorno): Receita bruta de R$ 171 milhões

Conclusão O rebaixamento pode causar danos financeiros substanciais, especialmente em direitos de TV, e a gestão deve estar bem preparada para lidar com a redução de receitas e ajustar seu orçamento adequadamente. As lições aprendidas com o rebaixamento de clubes como Grêmio e Bahia destacam a importância de estratégias financeiras eficazes para minimizar o impacto e garantir uma eventual recuperação.

Da redação Ponto Notícias l Com informação Raphael Craccini

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