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Repressão e Controvérsias Marcam as Eleições na Venezuela

Candidatos da oposição enfrentam prisão e violência enquanto o governo de Nicolás Maduro é acusado de manipulação eleitoral e repressão aos direitos civis.

Por: Redação Fonte: Redação
03/09/2024 às 16h30
Repressão e Controvérsias Marcam as Eleições na Venezuela
Manifestantes em Caracas protestam contra os resultados controversos das eleições presidenciais, enfrentando forte repressão do governo.

A Justiça venezuelana aceitou a solicitação do Ministério Público para prender Edmundo González Urrutia, que foi o representante da oposição nas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais Nicolás Maduro foi declarado vencedor. A ordem de prisão foi emitida após o candidato não atender a três convocações do Ministério Público, alegando não reconhecer as acusações feitas contra ele. O Ministério Público o acusa de "suposta usurpação de funções" e "falsificação de documentos públicos," relacionados aos registros eleitorais obtidos por representantes da oposição que indicariam a derrota de Maduro.

O político de 75 anos também enfrenta acusações de "incitação à desobediência das leis", "conspiração" e "sabotagem" do sistema eleitoral.

Divulgação de registros eleitorais

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A investigação contra Urrutia está relacionada à divulgação de atas eleitorais obtidas por representantes da oposição e membros das seções eleitorais em um site. A principal aliança de oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), afirma ter acessado 83,5% dessas atas, as quais indicariam a vitória de Urrutia. No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou a vitória do presidente Nicolás Maduro, sem fornecer transparência sobre os detalhes do resultado.

O prazo legal de 30 dias para a divulgação dos resultados detalhados da eleição, previsto pela legislação venezuelana, expirou sem que os dados por mesa eleitoral fossem publicados. A oposição venezuelana e vários países questionam a eleição, e alguns até reconhecem Urrutia como o vencedor.

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), em decisão que validou a vitória de Maduro, reafirmou a exigência de divulgar os dados dentro do prazo legal. Na semana passada, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirmou que seguiria a decisão do tribunal, mas isso ainda não aconteceu.

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Em 25 de agosto, Urrutia, através de um vídeo nas redes sociais, declarou que o Ministério Público tentava convocá-lo para uma "entrevista" sem especificar as condições e pré-qualificando crimes que ele não cometeu.

O governo de Nicolás Maduro tem respondido com repressão violenta contra os opositores e as manifestações que questionam os resultados das eleições. Até o momento, 27 pessoas morreram, pelo menos 192 ficaram feridas e mais de 2.400 foram presas.

Da redação Ponto Notícias

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