O emprego de aeronaves agrícolas para combater incêndios florestais cresceu 50% este ano no Brasil, segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). O período de seca e queimadas ocorre durante a entressafra agrícola em grande parte do país, momento em que a frota de aviões agrícolas fica menos ativa e mais disponível para operações de emergência.
Gabriel Colle, diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), afirmou que já foram despejados mais de 15 milhões de litros de água em diferentes estados do Brasil, utilizando aeronaves agrícolas no combate aos incêndios florestais. Ele destacou que mais de 60 empresas associadas ao Sindag estão envolvidas nas operações atualmente.
De acordo com Gabriel Colle, o combate aos incêndios é coordenado pelas equipes de bombeiros em terra. A aviação agrícola é mobilizada conforme a necessidade, atendendo solicitações de governos municipais, estaduais e até federais. Além disso, em muitos casos, produtores rurais e empresas que possuem brigadas aéreas também acionam o suporte aéreo durante momentos de crise.
Jorge Toledo, produtor rural e sócio de uma empresa de aviação agrícola em Monções, São Paulo, relatou o aumento na demanda por aeronaves para combater incêndios. Segundo ele, alguns clientes mantêm aviões de prontidão para agir rapidamente diante de qualquer ameaça de fogo, o que garante um controle mais eficaz.
No entanto, Toledo explicou que há clientes que só acionam o serviço após o fogo já ter começado, o que limita a ação da aeronave. Ele ressaltou que, embora o avião ajude a reduzir a intensidade do incêndio, é essencial contar com uma brigada terrestre bem equipada e em constante comunicação.
O diretor do Sindag ressaltou que o uso de aeronaves no combate aos incêndios florestais tem se tornado cada vez mais organizado e profissional. Ele mencionou que as empresas envolvidas estão altamente capacitadas, com pilotos qualificados e aeronaves devidamente equipadas para atender às emergências de forma eficaz, priorizando a prevenção e a preservação ambiental.
Durante as operações de combate, a precisão do piloto é fundamental, já que as aeronaves despejam cerca de dois mil litros de líquido gerador de espuma (LGE) em uma única ação. Essa coordenação cuidadosa é essencial para otimizar o impacto na contenção dos incêndios e minimizar os danos ambientais.
Da redação Ponto Notícias
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