Em agosto de 2024, houve um aumento significativo nas queimadas no Cerrado, com um crescimento de 221% em relação ao mesmo período no ano anterior. De acordo com informações do Monitor do Fogo, uma iniciativa da rede MapBiomas em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), mais de 1,2 milhão de hectares de áreas de savana foram atingidos pelo fogo. Essa extensão corresponde a mais de duas vezes o tamanho do Distrito Federal, superando os 386 mil hectares queimados em agosto de 2023.
A área total de vegetação do Cerrado atingida pelo fogo em 2024 correspondeu a 41,7% de toda a região queimada até o mês de agosto, sendo composta por árvores, arbustos e gramíneas. No entanto, o destaque foi o aumento expressivo nas queimadas das áreas florestais do Cerrado, que registraram um crescimento de 410% em comparação ao ano anterior. Em agosto de 2023, foram queimados 18.910 hectares de florestas, número que subiu para 96.533 hectares no mesmo período de 2024.
Comparado com a média dos últimos cinco anos, o cenário das queimadas no Cerrado em agosto de 2024 revela uma situação ainda mais alarmante, com um aumento de 95% nas áreas queimadas. Em relação a agosto de 2023, o crescimento foi de 177%. Os estados que mais sofreram com as queimadas foram Mato Grosso e Tocantins, que concentraram as maiores extensões de terra afetadas pelo fogo.
Entre os municípios mais afetados pelas queimadas no Cerrado, Barra do Garças, no Mato Grosso, se destaca com 102.328 hectares destruídos pelo fogo. Logo atrás estão Nova Nazaré, também no Mato Grosso, com 93.043 hectares, e Lagoa da Confusão, no Tocantins, onde as chamas devastaram 90.263 hectares.
Além disso, Formosa do Araguaia, no Tocantins, e Campinápolis, no Mato Grosso, também sofreram com grandes extensões de áreas queimadas, destacando ainda mais a gravidade do impacto ambiental causado pelas queimadas na região.
Da redação Ponto Notícias
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