A Bahia apresentou o segundo maior aumento no número de bovinos entre os estados brasileiros entre 2022 e 2023. O rebanho passou de 12,5 milhões para 13,3 milhões de animais, representando um acréscimo de 6,1%, ou seja, mais 764,5 mil cabeças, ficando atrás apenas do Paraná, que teve um aumento de 822,7 mil cabeças.
As informações foram obtidas através da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) de 2023, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgadas nesta quinta-feira (19).
Com esse crescimento, o rebanho baiano atingiu um novo recorde, superando o número do ano anterior e alcançando o maior nível desde o início da pesquisa em 1974, sendo o maior patamar em 49 anos de PPM.
Segundo o IBGE, o crescimento do rebanho bovino na Bahia em 2023 marcou o terceiro aumento consecutivo no estado.
Com esse desempenho, a Bahia manteve sua posição como o sétimo maior rebanho do país, representando 5,6% do total nacional, que chegou a 238,6 milhões de cabeças, um aumento de 1,6% em comparação com 2022.
Em 2023, o município de Santa Rita de Cássia se destacou como o líder no rebanho bovino da Bahia, com um total de 188,4 mil animais. No ano anterior, ocupava a quarta posição, mas registrou um crescimento significativo de 26,7% em um ano. Já Itamaraju, que antes tinha o maior efetivo, passou para a segunda posição, com 183,2 mil cabeças, enquanto Itanhém caiu do segundo para o terceiro lugar, com 169,0 mil bovinos.
Apesar dessas mudanças no topo, o município que teve o maior aumento no número de bovinos foi Santa Terezinha, cujo rebanho saltou de 23,0 mil para 95,1 mil animais, representando um crescimento de 312,9%. Essa expansão levou a cidade do 170º para o 29º lugar no ranking estadual.
O crescimento expressivo do rebanho bovino na Bahia reflete uma mudança significativa no cenário da pecuária brasileira, tradicionalmente dominado por estados do Norte. Com a Bahia assumindo uma posição de destaque, o Nordeste agora se consolida como uma região importante na produção de carne bovina no país. Esse avanço reforça a diversificação da pecuária nacional, ampliando a capacidade de produção e atendendo à crescente demanda interna e externa.
A ascensão de estados nordestinos, como a Bahia, no ranking nacional de bovinos demonstra o potencial dessa região em contribuir para o abastecimento do mercado de carnes. Esse movimento não só fortalece a economia local, gerando empregos e renda, mas também posiciona o Nordeste como um player relevante no cenário agropecuário brasileiro, ao lado de regiões já consolidadas na produção de carne de corte.
Da redação Ponto Notícias
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