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Confronto na UERJ: Polícia Intervém em Protesto Estudantil

Detenções e confrontos marcam o conflito entre estudantes e autoridades na universidade

20/09/2024 às 19h30
Por: Redação Fonte: Redação
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Polícia entra no campus da UERJ durante protesto estudantil, utilizando bombas de efeito moral e resultando em detenções.
Polícia entra no campus da UERJ durante protesto estudantil, utilizando bombas de efeito moral e resultando em detenções.

Nesta sexta-feira à tarde, ocorreu uma intervenção policial na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), envolvendo o Batalhão de Choque da PM, que atraiu artistas para dispersar a multidão. A ação começou por volta das 13h20, com a entrada dos policiais pela área lateral da instituição. De acordo com relatos, houve uma troca de agressões entre estudantes e policiais, com os primeiros atirando objetos e os últimos respondendo com força.

Cerca de uma hora após o início do conflito, três estudantes foram detidos e levados para um ônibus da Polícia Militar. Junto com eles, o deputado federal Glauber Braga (PSOL), que estava presente para apoiar os estudantes, também foi detido. Todos foram contínuos para a Cidade da Polícia. Durante o confronto, os manifestantes incendiaram pneus em uma importante avenida próxima à universidade, complicando o trânsito local.

Os estudantes da UERJ estão ocupando a universidade desde julho, manifestando-se contra a redução de benefícios estudantis. Mesmo após uma ordem judicial determinando a desocupação, eles optaram por continuar no local. A decisão judicial, proferida pela juíza Luciana Losada, deu um prazo de 24 horas para que os manifestantes deixassem a reitoria e as salas de aula. No entanto, a determinação não foi cumprida, o que culminou na intervenção policial nesta sexta-feira.

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Os estudantes ignoraram a primeira ordem judicial e continuaram a ocupação dos prédios da UERJ. Confrontos entre os alunos e a segurança da universidade resultaram em portas quebradas e um aluno sendo arrastado durante uma tentativa de invasão ao campus. Em comunicado, a Polícia Militar afirmou que atuou em apoio ao Poder Judiciário para garantir o cumprimento da decisão judicial no campus Maracanã da UERJ.

Durante o conflito, um policial foi ferido e levado ao hospital, enquanto não houve registro de feridos entre os estudantes. No final da tarde, a situação no local estava mais calma, embora muitos alunos ainda permanecessem no prédio principal da UERJ. A Polícia Militar confirmou que a desocupação foi finalizada às 15h10.

Posição dos envolvidos
A UERJ, através de comunicado oficial, confirmou a desocupação ocorrida nesta sexta-feira. A reitora, Gulnar Azevedo e Silva, lamentou o desenrolar dos eventos, destacando que buscou negociar pacificamente com os estudantes.

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O deputado federal Glauber Braga, detido durante os confrontos, afirmou que sua presença visava proteger os estudantes da violência policial. Ele considerou sua detenção ilegal e condenou o uso de força contra os manifestantes.

Posição do PSOL
Juan Leal, presidente do PSOL no Rio de Janeiro, também se pronunciou, criticando o uso excessivo de força por parte das autoridades e reafirmando o apoio do partido aos estudantes.

A ocupação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), iniciada em 26 de julho de 2024, foi um acontecimento dos alunos contra mudanças nas regras para a concessão de bolsas de apoio à vulnerabilidade social e o novo Ato Executivo de Decisão Administrativa (AEDA ). Os estudantes, que chamaram a medida de "AEDA da fome", alegam que a nova política

A situação levou a uma audiência marcada para 2 de outubro, onde a justiça discutirá as demandas dos estudantes. Até lá, a tensão entre as autoridades e os alunos continua alta, e a comunidade acadêmica espera uma solução

Esse cenário destaca a complexidade dos conflitos entre estudantes e autoridades. A busca por diálogo e soluções consensuais é crucial para evitar novos confrontos e garantir que os direitos de todos sejam respeitados. O uso de bombas de efeito moral pela polícia, as detenções de três estudantes e um deputado federal, e os confrontos gerados são elementos centrais deste processo. A audiência judicial se aproxima enquanto os protestos contra cortes de benefícios estudantis continuam.

Da redação Ponto Notícias 

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