O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, expressou forte repúdio à ideia de congressistas americanos de revogar o visto de entrada nos Estados Unidos de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, assim como de outros membros da corte. Os parlamentares republicanos dos EUA justificaram essa solicitação com base no que consideraram ser uma violação à liberdade de expressão, referindo-se ao bloqueio de uma plataforma digital no Brasil.
Em diversos países, as normas e leis que regem o acesso e o uso de plataformas digitais, bem como a entrada de pessoas estrangeiras, são ferramentas essenciais para a proteção da soberania nacional. Essas regras visam não apenas garantir o cumprimento do ordenamento jurídico, mas também evitar que influências externas contaminem o ambiente social e político com práticas que possam ameaçar a segurança e os valores internos. Seja em questões de segurança cibernética, como no controle de redes sociais, ou no monitoramento da entrada de figuras estrangeiras, a defesa dessas fronteiras é vital para o bom funcionamento da sociedade.
A adoção de tais medidas reflete a preocupação crescente dos governos em resguardar seus territórios de interferências indesejadas, tanto por indivíduos quanto por organizações. A influência de discursos polarizadores, a propagação de desinformação ou o uso inadequado das plataformas digitais são vistos como ameaças potenciais que podem desestabilizar o ambiente social e político. Assim, as nações implementam barreiras legais para impedir que essas forças externas possam corroer suas estruturas, garantindo que os meios de comunicação e as redes sociais funcionem dentro de padrões aceitáveis e sob regulamentação rigorosa.
Lewandowski defendeu que as empresas de tecnologia devem seguir as leis locais se desejarem operar no país, e ressaltou que qualquer ameaça envolvendo a revogação de vistos ou a restrição de entrada é inaceitável. Ele fez essas declarações durante um evento realizado em São Paulo, no dia 20.
Cinco deputados americanos, incluindo Maria Elvira Salazar, Rick Scott, Carlos A. Gimenez, Christopher H. Smith e Carlos A. Giménez, enviaram uma carta à Casa Branca criticando as ações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. No documento, eles destacam que Moraes tem um histórico de imposições que limitam a liberdade de expressão, principalmente em relação a indivíduos e grupos com opiniões políticas mais agressivas.
Os congressistas afirmaram que as recentes decisões de Moraes refletem um padrão contínuo de medidas judiciais específicas, reforçando sua posição de que tais ações são significativas uma ameaça à liberdade de expressão.
Os deputados americanos também mencionaram em sua carta o bloqueio da plataforma X no Brasil, apontando que as ordens emitidas por Alexandre de Moraes não se limitavam ao afastamento de certas figuras políticas das redes sociais. De acordo com os congressistas, as decisões do ministro também envolvem uma ordem de restrição abrangente que afeta tanto os meios de comunicação quanto os ativistas que criticam as ações do Judiciário. Eles reforçam que essas medidas representam uma tentativa de silenciar vozes críticas e restringir ainda mais a liberdade de expressão no país.
Quando uma nação possui uma cultura sólida e estabelecida, é natural que essa cultura se reflita nas normas que regem a entrada de pessoas e influências externas. Assim como uma casa onde as pessoas têm o direito de proteger seus valores e limites, um país também defende seu espaço diante de ações que podem ameaçar sua soberania ou princípios fundamentais. O respeito a essas normas não é uma questão isolada, mas faz parte do funcionamento de qualquer sociedade que busca manter sua integridade.
Em qualquer lugar do mundo, seja em uma casa ou em uma nação, há um desejo específico de evitar que influências indesejáveis sejam comprometidas ou que sejam privilegiadas e protegidas. Essa proteção não é apenas física, mas também moral e cultural. A liberdade de expressão, por exemplo, deve ser preservada, mas dentro de um equilíbrio que não coloque em risco a segurança e o bem-estar coletivo.
No caso das divergências entre o Brasil e os Estados Unidos em torno das decisões judiciais envolvendo o uso de plataformas digitais, o princípio é o mesmo: cada país tem suas leis e normas, e elas são respeitadas para que haja um funcionamento adequado das relações interna e externa. O que se observa é que, independentemente da localização geográfica, há uma necessidade universal de proteger os valores e interesses que sustentam a estrutura de uma sociedade.
Da redação Ponto Notícias