A nova estação do ano começa oficialmente neste domingo (22), marcando o início da primavera e se estendendo até 21 de dezembro. De acordo com especialistas em clima, essa época sinaliza uma mudança significativa nas condições adversas do país, com o retorno esperado das chuvas em várias áreas, após um longo período seco, além da elevação das temperaturas.
Nas regiões Norte e Nordeste, assim como no norte do Centro-Oeste, a previsão é que as chuvas permaneçam resultados abaixo da média, da persistência de massas de ar quente e influências sazonais locais, como o clima seco típico do verão amazônico.
Em contrapartida, para o Sudeste e parte do Centro-Oeste, a expectativa é mais otimista. Modelos climáticos indicam que essas regiões terão chuvas mais frequentes e volumosas, superando a média esperada para o período, graças à atuação de frentes frias e sistemas de baixa pressão, trazendo alívio para as áreas afetadas pela seca prolongada.
Uma das expectativas climáticas mais importantes para a primavera é a possível ativação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) em dezembro. Essa aparência atmosférica é conhecida por causar chuvas intensas e severas, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o que poderá trazer interrupção para áreas que enfrentam seca desde o início do ano.
Em contrapartida, o estado do Rio Grande do Sul deve continuar em estado de atenção, pois as chuvas na região tendem a ficar abaixo do esperado para o período. Essa previsão está ligada à anomalia das águas do Oceano Pacífico, que são mais frias do que o normal, impactando quantidades de ocorrência na região.
O retorno regular das chuvas e a dissipação da fumaça estão previstos para a primeira quinzena de outubro. Durante esse período, as áreas que abrangem o oeste de Rondônia até o oeste de Mato Grosso do Sul começarão a experimentar chuvas mais consistentes, que deverão se intensificar nas semanas seguintes. Esse cenário traz ruptura tanto para a qualidade do ar quanto para a redução dos focos de incêndio, que têm sido um problema persistente na região.
Em termos gerais, a maioria das regiões centrais e a parte da faixa norte do Brasil devem começar a notar um retorno mais regular das chuvas a partir da segunda quinzena de outubro. Esse desenvolvimento fornecerá um aviso específico tanto para os incêndios quanto para a qualidade do ar, ajudando a mitigar os problemas que afetam essas áreas.
Com o início da primavera, descrito por um aumento na frequência das chuvas, espera-se que a situação de fumaça seja gradualmente eliminada. Isso contribuirá para uma redução significativa dos impactos adversos enfrentados pelo país nos últimos meses, promovendo uma melhoria geral nas condições ambientais.
No Norte do Brasil, a chamada “estação do verão amazônico” seguirá até novembro, prolongando o período de calor intenso na região. Durante esse tempo, o aumento da duração dos dias, a maior incidência de radiação solar e a diminuição da umidade resultaram em temperaturas consistentemente elevadas. Cidades nos estados do Amazonas, Pará e Acre registram temperaturas altas ao longo da primavera.
No Nordeste, os estados do Piauí, Maranhão e partes da Bahia experimentam um período de temperaturas elevadas, com o clima tradicionalmente seco e quente acentuando ainda mais o calor.
No Centro-Oeste, a porção norte, incluindo áreas de Mato Grosso e Goiás, também será afetada por massas de ar quente, elevando as temperaturas além do esperado para a estação.
Em contrapartida, a região centro-sul do país, que abrange São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, deve apresentar temperaturas mais próximas da média, com pequenas elevações. Esse alívio no calor é atribuído ao retorno mais consistente das chuvas, que ajuda a equilibrar as condições térmicas. A primavera traz, portanto, um retorno das chuvas, mas sua distribuição pelo país será desigual.
Da redação Ponto Notícias
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