A gestão ambiental do governo Lula tem enfrentado desafios crescentes, especialmente no controle das queimadas, uma questão crítica para o Brasil e para sua imagem internacional. Desde o início de 2023, o número de hectares devastados pelo fogo aumentou significativamente, colocando em execução a eficácia das políticas ambientais prometidas. Com um aumento de 150% nas queimadas em agosto de 2024, a pressão sobre o governo se intensificou, levando a uma série de críticas tanto da oposição quanto de governadores.
Além da pressão interna, a gestão de Lula e Marina Silva é observada de perto por entidades ambientais e pela comunidade internacional, que aguardavam uma resposta mais firme do Brasil na preservação da Amazônia. O anúncio de um crédito de R$ 514 milhões para o combate às queimadas e as reuniões com governadores ainda não foram suficientes para dissipar o ceticismo, especialmente em estados como Mato Grosso e Goiás, que convivem com os incêndios em áreas críticas.
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou dificuldades no controle de queimadas no Brasil, um dos compromissos de sua administração. Dados indicam que os incêndios florestais aumentaram durante o governo de Lula e sua ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Entre janeiro de 2023 e agosto de 2024, foram queimados 28,7 milhões de hectares, com um aumento significativo em agosto de 2024, que registrou 5,7 milhões de hectares devastados, 150% a mais que o mesmo mês em 2023.
Esse aumento tem gerado críticas, especialmente pelo fato de que Lula havia prometido uma política ambiental diferente de seu antecessor, Jair Bolsonaro. Durante o governo Bolsonaro, Marina Silva criticou os ex-ministros do Meio Ambiente, chamando-os de “antiambientalistas”. No entanto, os números atuais mostram que as queimadas sob sua gestão também atingiram registros preocupantes. Agosto de 2024 foi o pior mês de queimadas no atual governo, superando o recorde de agosto de 2019, durante o governo Bolsonaro.
Apesar de estar no governo há mais de um ano e meio, o presidente Lula declarou em 17 de setembro que o Brasil ainda não está "100% preparado" para enfrentar as queimadas, indicando que pode haver "fortes de crime" por trás dos incêndios. Em resposta, ele convocou reuniões com governadores e anunciou um crédito de R$ 514 milhões para o combate ao fogo. No entanto, esta iniciativa foi recebida com ceticismo por alguns líderes regionais.
Governadores como Mauro Mendes, do Mato Grosso, expressaram dúvidas sobre a efetividade das ações, afirmando que, até elas serem inovadoras, as chuvas já terão controlado a situação. Ronaldo Caiado, de Goiás, também criticou a gestão, apontando uma "ineficiência completa" no combate aos incêndios.
Governadores, como Mauro Mendes e Ronaldo Caiado, começam a expressar dúvidas sobre a capacidade do governo federal de atuar de maneira rápida e eficiente no combate ao fogo. Mendes destacou que, até as ações entrarem na prática, as chuvas já podem ter amenizado a situação, evidenciando que a resposta veio tarde demais. Caiado, por sua vez, traz consigo a "ineficiência completa" na gestão atual, aumentando a pressão por resultados mais concretos.
Com o avanço das queimadas e o desgaste da imagem do Brasil no cenário ambiental, a gestão de Lula enfrentou um dilema crítico: ou tomar medidas mais incisivas para controlar os incêndios e cumprir suas promessas de campanha, ou correr o risco de perder ainda mais apoio, tanto nacional quanto internacionalmente. A situação exige uma resposta e rápida para evitar danos maiores à biodiversidade e à compensação do governo.
Da redação Ponto Notícias
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