Fazenda Palotina enfrentou crise devido a incêndios criminosos e bloqueios de frigoríficos

A Fazenda Palotina, situada no sul do Amazonas, enfrentou uma grave crise devido a incêndios criminosos que já consumiram aproximadamente 4 mil hectares de floresta e 500 hectares de pastagens. Nos últimos três dias, as chamas, causadas por invasores de terra, se espalharam pela área produtiva da fazenda, desafiando os esforços dos funcionários para controlar o fogo. O incêndio começou na área de reserva legal e, impulsionado por ventos fortes, se propagou para as pastagens, interrompendo todas as atividades da propriedade.

Sidney Zamora Filho, proprietário da fazenda, atribuiu os incêndios à presença de invasores que ocupam uma reserva legal desde 2016. Embora tenham sido obtidos quatro decisões desenvolvidas de reintegração de posse, os invasores continuam retornando, desmatando, queimando e loteando as terras de forma ilegal . Sidney denuncia a falta de ação por parte das autoridades ambientais, apesar das várias denúncias apresentadas ao IBAMA, Polícia Federal e outras instituições responsáveis.

Além dos impactos ambientais, a Fazenda Palotina enfrentou sérios prejuízos financeiros e logísticos. O incêndio destruiu cercas e pastagens em uma área já afetada pela seca, o que comprometeu a rebrota do capim essencial para a alimentação do gado. Sidney Zamora Filho também relata que, devido a desmatamentos ilegais na área invadida, uma fazenda foi trancada por frigoríficos, o que impediu temporariamente a venda de gado.

Apesar da gravidade da situação, Sidney permanece esperançoso de que as autoridades adotem medidas mais rigorosas para combater os crimes ambientais na região.

A Fazenda Palotina, que acolhe aproximadamente 80 moradores, incluindo funcionários e suas famílias, e possui uma escola, ainda luta para retomar suas atividades normais e reduzir os danos causados ​​pelos incêndios criminosos. A destruição provocada pelos incêndios comprometeu a operação da fazenda e a vida da comunidade local, aumentando a dificuldade em restaurar a normalidade na região.

Da redação Ponto Notícias