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Colheita do Capim-Dourado Marca Tradição e Sustentabilidade no Jalapão

Comunidades locais celebram a abertura da temporada de colheita do capim-dourado, uma prática tradicional que combina preservação ambiental e impacto socioeconômico positivo.

23/09/2024 às 23h00
Por: Redação Fonte: Redação
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Artesãos locais colhem capim-dourado no campo Brejo do Capão, no Jalapão, seguindo normas sustentáveis ​​para garantir a preservação da espécie.
Artesãos locais colhem capim-dourado no campo Brejo do Capão, no Jalapão, seguindo normas sustentáveis ​​para garantir a preservação da espécie.

O Naturatins, órgão responsável pela gestão do Parque Estadual do Jalapão e da Área de Proteção Ambiental do Jalapão, exerce um papel crucial na conservação e manejo sustentável do capim-dourado, recurso valioso para a biodiversidade e economia local. A temporada de colheita, iniciada no dia 20 de setembro, estende-se até 30 de novembro, período cuidadosamente previsto para proteger a espécie. As comunidades locais realizam uma colheita de forma sustentável, em conformidade com as diretrizes da Lei nº 3.594/2019, que regulamenta o uso do capim-dourado e do Buriti, preservando a tradição cultural respeitando o meio ambiente.

Esta prática sustentável é uma preservação ambiental à cultura das comunidades extrativistas, especialmente os artesanais, que transformam o capim-dourado em itens artesanais. O início de cada temporada de colheita representa uma oportunidade para renovar essa tradição, mantendo o equilíbrio entre o uso sustentável dos recursos naturais e a continuidade das atividades econômicas locais.

Durante o fim da semana dos dias 21 e 22, o campo Brejo do Capão, localizado na região do Rio Novo, a cerca de 60 km da comunidade Quilombola Mumbuca, foi palco da tradicional colheita do capim-dourado. Esse local se tornou um símbolo da continuidade da tradição passada de geração em geração, onde as famílias se reúnem para manter viva a prática sustentável. A supervisora ​​da Área de Proteção Ambiental (APA) do Jalapão, Rejane Nunes, esteve presente no local, enfatizando a importância do cumprimento rigoroso das normas condicionais para a colheita.

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Além de monitorar o processo, Rejane também distribuiu pentes para os extrativistas, ferramentas que auxiliam na retirada das pequenas flores do capim-dourado, garantindo que as sementes permaneçam nos campos e contribuam para a regeneração da planta, como estipulado pela legislação. Essa colheita vai além de ser uma prática econômica; é uma conexão profunda com a cultura e a subsistência das famílias que dependem do capim-dourado, reforçando a importância da preservação aliada ao desenvolvimento local.

O capim-dourado, transformado em peças de artesanato reconhecidas mundialmente, simboliza a harmonia entre a natureza e a sabedoria das comunidades que, com respeito, retiram seu sustento sem esgotar os recursos naturais. A colheita, uma tradição que passa de geração em geração, é celebrada pelas famílias que dependem do Ouro do Cerrado para sobreviver. Durante esse período, a rotina no acampamento reflete o trabalho árduo e o esforço coletivo.

A comunidade se organiza e se instala nos campos de colheita, onde o ritmo intenso marca essa época do ano. O trabalho é feito com grande dedicação, representando não apenas uma forma de sustento, mas também uma união entre tradição e responsabilidade com o meio ambiente. Para os extrativistas, esse é um momento de colaboração, em que todos devem garantir a continuidade de uma prática que preserva o capim-dourado e sua importância cultural e econômica.

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Nina Tavares da Silva, artesã e extrativista, descreve uma rotina durante a colheita do capim-dourado. Ao chegar ao acampamento, a organização cuidadosa precede os dias intensos de trabalho. Por volta das cinco da manhã, começa o trajeto de aproximadamente uma milha até o campo de coleta, onde as famílias permanecem até cerca de dez horas, fugindo do calor forte de setembro. Após uma pausa para o almoço, o trabalho é retomado à tarde, estendendo-se até o anoitecer.

O tempo que as famílias passam no campo durante uma colheita variada. Alguns ficam por uma semana seguida, enquanto outros retornam em intervalos, conforme a maturidade do capim-dourado. Nina destaca que a matéria-prima só é colhida quando não está no ponto certo. Em alguns casos, é preciso aguardar de 10 a 15 dias para que algumas pressas verdes amadureçam completamente.

Neste ano, os artesões celebraram a abundância do capim-dourado, especialmente após os danos causados ​​pelo incêndio em um dos campos de coleta no ano anterior. Segundo Nataniel Alves, morador do povoado Quilombola Mumbuca, a fartura da colheita gerou alegria e entusiasmo entre todos. Ele relata que já estão há dois dias no campo, colhendo com a comunidade, e a quantidade impressionante do capim é motivo de comemoração.

Nataniel também ressaltou a importância do manejo sustentável durante a colheita. Ele explicou que é essencial deixar uma "florzinha" ou "cabecinha" do capim-dourado no solo, pois essa parte contém a semente responsável pela renovação da planta. Caso essa prática não seja respeitada, uma colheita nos anos seguintes pode ser prejudicada, comprometendo o ciclo de renovação e, consequentemente, o futuro da redução do capim-dourado pelas próximas gerações.

A colheita do capim-dourado é um processo artesanal que exige habilidade e paciência, sendo guiado por técnicas transmitidas ao longo de gerações. Realizada manualmente, essa prática tradicional exige um cuidado especial, com os trabalhadores enfrentando desafios como o terreno úmido dos campos. Segundo Taiane Gomes, esse momento possui um valor especial para a comunidade, pelo apoio reforçado recebido dos Naturais e de instituições parceiras, que ajudam a proteger e preservar essa riqueza natural.

Taiane destaca com satisfação a importância desse trabalho para a continuidade da tradição. Ela expressa sua alegria ao ver os esforços comunitários se unirem para garantir que o capim-dourado seja colhido de maneira sustentável, preservando o legado que seus antepassados ​​deixaram. Para ela, esse é mais do que um ofício, é um elo que conecta passado, presente e futuro, garantindo que as próximas gerações também possam usufruir dessa fonte de sustento e de cultura.

Este ano, Taiane Gomes comemora a proteção dos campos de capim-dourado, conseguida graças ao compromisso das autoridades ambientais, diversas instituições e dos próprios moradores da comunidade. Para ela, dar continuidade à tradição familiar é motivo de grande alegria, especialmente ao imaginar que, no futuro, seu filho seguirá os passos dos avós e bisavós na colheita dessa matéria-prima tão valiosa.

Além de ser um símbolo de artesanato sustentável, o capim-dourado exerce um impacto socioeconômico profundo nas comunidades locais, especialmente entre as mulheres artesãs. O material coletado se transforma em peças artísticas como bolsas, chapéus, acessórios e outros itens que ganham visibilidade tanto no mercado nacional quanto no internacional, promovendo a cultura local e gerando renda para as famílias envolvidas.

A preservação do capim-dourado é crucial para garantir que as futuras gerações possam continuar a usufruir desse recurso valioso. A colheita desse material é realizada de maneira manual e cuidadosa, utilizando técnicas tradicionais que são passadas de geração em geração. Caminhar pelos campos úmidos é um desafio significativo para os extrativistas.

Para Taiane Gomes, este momento é especialmente importante. Ela destaca a relevância do apoio à natureza e de diversas instituições parceiras na proteção dessa riqueza natural. “Este ano, nossos campos estão protegidos graças ao compromisso do órgão ambiental, de várias instituições e dos próprios moradores da comunidade”, Taiane, comemorando com alegria o sentimento de realização que vem com a continuidade dessa tradição.

A preservação do capim-dourado é crucial para garantir que as futuras gerações continuem a desfrutar desse recurso valioso. Taiane Gomes expressa sua satisfação com a continuidade dessa tradição, destacando que no futuro será seu filho quem colherá o capim-dourado, assim como suas avós e mãe fizeram antes dela. Esse material não é apenas um símbolo de artesanato sustentável da região, mas também tem um impacto socioeconômico significativo nas comunidades locais, especialmente entre as mulheres artesãs.

A colheita do capim-dourado, realizada de forma manual e cuidadosa, envolve técnicas tradicionais transmitidas ao longo das gerações. Caminhar pelos campos úmidos é um verdadeiro desafio, mas a importância do trabalho realizado é imensa. Para Taiane, contar com o apoio da Naturatins e de várias instituições parceiras na proteção dessa riqueza natural é motivo de grande alegria. “Este ano, nossos campos estão protegidos graças ao compromisso do órgão ambiental, de diversas instituições e dos próprios moradores da comunidade”, conclui Taiane, ressaltando a importância de garantir a preservação para que o capim-dourado continue a ser uma fonte de sustento e arte tanto no Brasil quanto no exterior.

A continuidade da tradição do capim-dourado é motivo de grande alegria para a comunidade. Segundo Taiane Gomes, é um orgulho ver que no futuro seu filho continuará a colheita, assim como suas avós e mãe fizeram antes dela. Essa prática não apenas simboliza o artesanato sustentável da região, mas também tem um impacto socioeconômico significativo, especialmente para as mulheres artesãs.

O capim-dourado, colhido e transformado em peças de artesanato como bolsas, chapéus e acessórios, circula tanto no Brasil quanto internacionalmente. Esse material é crucial para a economia local e para a preservação das tradições culturais da região.

Da redação Ponto Notícias l Com informação Secom Tocantins

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