A reintrodução do horário de verão tem gerado debates acalorados entre os brasileiros, muitos dos quais expressam descontentamento com a ideia. Para muitas famílias, especialmente aquelas com crianças em idade escolar, a mudança pode causar transtornos importantes. O ajuste do relógio afeta a rotina diária, tornando a adaptação mais difícil para pais e filhos, além de impactar o cronograma das atividades e compromissos.
Outro ponto de preocupação é que uma mudança no horário pode levar a um aumento no consumo de energia. Com a mudança, como as pessoas tendem a sair mais cedo de casa, mas muitas vezes retornam apenas após o horário habitual, quando o consumo de energia pode ser mais elevado. Esse padrão não contribui necessariamente para a economia esperada, pois a mudança pode acabar apenas deslocando o consumo para horários diferentes, sem uma redução real no gasto de energia.
A proposta de retorno ao horário de verão enfrentou resistência por parte de muitos cidadãos que consideram que o programa não traz benefícios significativos e pode até agravar problemas cotidianos. A sensação predominante é que a medida é uma tentativa sem base sólida, que não resolve as questões energéticas e apenas gera mais complicações na vida diária dos brasileiros.
Um enquete realizado pela Gazeta do Povo, entre os dias 13 e 25 de setembro, revelou que a grande maioria dos leitores, 81%, se opõe à reintrodução do horário de verão, proposta pelo governo atual.
Dos 2.638 leitores que participaram, apenas 501 (19%) apoiam a ideia do retorno do horário de verão. A questão tem sido um ponto focal para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que recebeu recepção favorável do presidente Lula em relação à proposta.
Na segunda-feira (23), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou a reintrodução do horário de verão, e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou a medida. A decisão visa reduzir o consumo de energia e, consequentemente, os custos associados ao uso de termelétricas, que utilizam combustíveis como gás natural, óleo diesel e carvão.
O retorno do horário de verão também poderia gerar uma economia significativa, estimada em R$ 1,8 bilhão anual. Essa economia é atribuída à menor necessidade de contratação de energia de reserva para atender à demanda, com base em dados do Leilão de Reserva de Capacidade de 2021, que indicam uma redução de cerca de 2 GW na demanda durante o período de horário de verão.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou a reintrodução do horário de verão, alterando a redução do consumo de energia elétrica no país. A medida pretende diminuir a dependência de termelétricas, resultando em economia de combustíveis e redução de gastos com energia de reserva. O ONS estima que uma economia anual seria de R$ 1,8 bilhão, com base na redução da carga de energia necessária.
A decisão final sobre o retorno do horário de verão caberá ao presidente Lula, que terá que aprovar a proposta por meio de um decreto. Se a medida for autorizada, o novo horário deverá ser vigorado pelo menos 30 dias após a publicação do decreto. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, prevê que a decisão deverá ser tomada em até 10 dias. O horário de verão foi eliminado em 2019 após a conclusão de estudos que indicaram falta de impacto significativo na redução de consumo de energia.
Da redação Ponto Notícias
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