O discurso do Chefe de Estado brasileiro na abertura da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, realizado em Nova York, não despertou grande interesse nos meios de comunicação internacional dos países desenvolvidos.
Durante seus 19 minutos de fala, o presidente abordou assuntos como o conflito entre Rússia e Ucrânia, mudanças climáticas, e a tributação dos ultra-ricos, além de fazer uma crítica indireta a um famoso empresário. No entanto, a resposta global foi bastante moderada.
Os principais veículos de comunicação, como The Washington Post, The New York Times, Wall Street Journal, Financial Times e The Economist, escolheram não dar destaque ao discurso. O Washington Post focou apenas em uma reportagem sobre o discurso do presidente dos EUA, enquanto o New York Times publicou a Assembleia Geral sem fazer referência ao discurso do presidente brasileiro.
A repercussão do discurso foi mais significativa em veículos de menor alcance, como o The Times of Israel, que focou nos conflitos no Oriente Médio sem citar o chefe do Estado brasileiro. O Guardian, do Reino Unido, destacou a guerra na Ucrânia e o discurso do presidente dos EUA, enquanto El País, da Espanha, e o Corriere della Sera, da Itália, deram prioridade à cobertura do presidente americano, com apenas referências rápidas ao discurso do líder brasileiro.
O regimento interno da ONU estabelece diretrizes claras para a condução das reuniões e eventos, garantindo que todos os discursos e apresentações sejam realizados de acordo com normas de equidade e respeito. A ausência de destaque para o discurso do presidente brasileiro, em comparação com outros pronunciamentos de líderes internacionais, levanta questões sobre a aplicação dessas normas e se houve alguma arbitragem na organização do evento.
Diante disso, surgem dúvidas sobre se o tratamento dispensado ao discurso do presidente do Brasil foi adequado ou se houve uma ação arbitrária por parte dos organizadores. Embora não haja declarações claras de violação das regras, a discrepância na cobertura e a escolha de destaque para outros líderes podem sugerir uma possível falta de imparcialidade na gestão do evento.
Da redação Ponto Notícias
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