O trabalho de combate às queimadas no Tocantins é crucial para a preservação do meio ambiente e a proteção da biodiversidade local. O estado, com sua vasta extensão de áreas naturais que abrangem desde o Cerrado até a Floresta Amazônica, enfrenta desafios importantes quando se trata de incêndios florestais. Esses incêndios não apenas ameaçam a rica fauna e flora da região, mas também têm impactos diretos e severos na saúde e na qualidade de vida das comunidades locais.
As queimadas, muitas vezes incontroláveis e imprevisíveis, podem devastar habitats inteiros em questão de horas, deixando um rastro de destruição que afeta tanto os animais quanto as pessoas. As consequências para a fauna local são particularmente graves, pois muitos animais perdem seu habitat e suas fontes de alimento, levando a um aumento na mortalidade e, em alguns casos, à extinção de espécies ameaçadas. Para as comunidades que vivem nas proximidades, a fumaça e as emissões resultantes das queimadas podem causar problemas de proteção e agravar doenças preexistentes.
O governo estadual, por meio de sua secretaria de meio ambiente e recursos naturais, realizou uma visita ao assentamento PA Manchete no Parque Estadual do Cantão, com o objetivo de discutir ações integradas para intensificar o combate a incêndios na área.
Durante uma visita, o secretário de meio ambiente, juntamente com o presidente do instituto ambiental e o diretor-executivo da defesa civil, conheceram o local onde os brigadistas estão baseados e percorreram as trilhas usadas para enfrentar os incêndios.
O responsável pela pasta de meio ambiente, Marcello Lelis, elogiou as equipes em nome do governador Wanderlei Barbosa, destacando a relevância do trabalho realizado, especialmente durante este período crítico. “Enquanto nós estamos em Palmas elaborando planos, vocês estão no campo enfrentando as chamas, dia e noite, colocando suas vidas em risco”, afirmou Lelis.
Estabelecida em 14 de julho de 1998, esta área protegida abrange mais de 90 mil hectares e faz parte dos biomas Amazônia e Cerrado, especificamente como um abrigo para diversas espécies de plantas e animais. No combate aos incêndios em toda a sua área, o parque conta atualmente com uma equipe de nove brigadistas.
O líder dos Naturatins, coronel Edvan de Jesus Silva, também destacou o comprometimento e a dedicação dos brigadistas, garantindo o apoio necessário. “Estamos aqui para compreender melhor as necessidades e fornecer o suporte essencial, para que possamos combater eficazmente o problema do fogo que nos afeta”, afirmou.
O coordenador da Área de Proteção Ambiental do Lajeado, Abel Cardoso, com mais de 20 anos de experiência na região no combate a incêndios no Parque Estadual do Cantão, detalhou a complexidade do local. Por ser uma zona de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica, o combate ao fogo precisa ser especializado. "O material denso aqui exige um esforço adicional. Embora tenhamos conseguido reduzir 92% dos focos de incêndio, ainda precisamos de mais pessoal para monitorar a área de maneira eficaz", explicou.
Além dos danos imediatos, os incêndios florestais têm efeitos prolongados e devastadores no equilíbrio ecológico da região. A destruição das vegetações nativas exige a qualidade do solo, reduz a capacidade de retenção de água e afeta a disponibilidade de recursos naturais essenciais. O trabalho contínuo das equipes de combate a incêndios é, portanto, fundamental para mitigar esses impactos e garantir a preservação dos ecossistemas e o bem-estar das comunidades que deles dependem.
Da redação Ponto Notícias l Com informação Secom Tocantins
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