Um profissional de 38 anos foi sepultado nesta quinta-feira (26) na cidade de Itirapina, interior de São Paulo. Ele perdeu a vida na última quarta-feira (25) enquanto trabalhava no controle de um incêndio em uma plantação de cana-de-açúcar localizada na Estrada Municipal de Corumbataí. Durante o combate às chamas, o brigadista utilizou um caminhão-tanque da unidade de uma usina local, quando as chamas se intensificaram. Outro trabalhador, que estava ao lado da vítima, sofreu ferimentos pelo fogo, mas foi liberado após cuidados médicos e se encontra fora de perigo.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o incidente foi classificado como “incêndio, homicídio e lesão corporal”. O boletim de ocorrência, registrado pela delegacia local, indicou que a origem das chamadas ainda é desconhecida. O corpo do brigadista foi encontrado carbonizado, e o caminhão utilizado no combate ao fogo foi completamente destruído. As cerimônias fúnebres ocorreram na cidade onde ele residia, em Itirapina, com amigos e familiares prestando as últimas homenagens.
A usina São Martinho comunicou que está oferecendo apoio às famílias das vítimas e cooperando com as investigações conduzidas pelas autoridades. A Defesa Civil de Corumbataí esclareceu que o incêndio teve origem na Fazenda Chorosa, sendo inicialmente destruído por trabalhadores da usina. No entanto, uma mudança repentina na direção do vento fez com que o fogo se propagasse para uma área residencial, ameaçando dez casas e destruindo um barracão. Aproximadamente 30 funcionários da usina, juntamente com 12 caminhões-pipa, trabalharam intensamente para controlar as chamas.
Um dia antes do falecimento do brigadista em Corumbataí, um trabalhador ficou ferido em Brotas (SP) ao pular de uma colheitadeira que foi tomada por um incêndio. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima saltou do equipamento e sofreu uma fratura exposta na perna direita, além de queimaduras nos braços e no rosto.
O fogo na colheitadeira acabou se alastrando, atingindo cerca de 100 mil metros quadrados de um canavial. Brotas é uma das cidades que mais tem sido registrada queimadas no estado, refletindo a gravidade da situação na região.
O país enfrenta uma situação crítica, onde a falta de responsabilização e ação efetiva diante das tragédias revela uma desconexão alarmante entre as autoridades e as reais necessidades da população. Enquanto líderes e representantes buscam pessoas vulneráveis em vez de soluções, as vítimas no campo, como os trabalhadores que perdem a vida tentando combater incêndios, ficam desamparados. Este cenário demonstra uma urgência em reavaliar e fortalecer as políticas e ações externas para a segurança e o bem-estar dos cidadãos.
A recente tragédia em Corumbataí, que ocorreu na morte do brigadista Tiago dos Santos, e o incidente anterior em Urupês, onde dois funcionários foram carbonizados, são exemplos claros das falhas no sistema de prevenção e resposta a emergências. Essas tragédias não refletem apenas a falta de infraestrutura e suporte adequado, mas também a necessidade de um compromisso mais profundo com a segurança e a proteção dos trabalhadores em áreas de risco.
É imperativo que, além de responsabilizar os envolvidos, haja um esforço coletivo para melhorar a gestão de emergências e investir em recursos para prevenir futuros incidentes. O país não pode se dar ao luxo de ignorar a gravidade desses acontecimentos e permitir que a falta de ação resulte em mais perdas humanas e sofrimentos. É crucial que as autoridades e os líderes se concentrem em soluções práticas e eficazes, para garantir que tais tragédias não se repitam e que a segurança dos trabalhadores no campo seja prioridade.
Da redação Ponto Notícias
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