Entre os meses de junho e agosto, incêndios em diversas áreas do Brasil causaram perdas significativas, chegando a R$ 14,7 bilhões. A avaliação foi feita por uma entidade nacional de agropecuária, que destacou o impacto em mais de 2,8 milhões de hectares de terras agrícolas. Entre os prejuízos estão a manipulação do solo, queda na produção e danos em estruturas como cercas. A falta de nutrientes importantes, como pote e fósforo, também foi severamente agravada.
Dados coletados por uma instituição de pesquisa especializada em monitoramento indicam que, no período, o Brasil causou mais de 100 mil focos de incêndio. Somente no mês de agosto, houve um aumento expressivo no número de ocorrências, totalizando 68 mil casos. Esse salto, em comparação com o ano anterior, representa um crescimento de 144%, sendo o mais alto registrado em mais de uma década. O número também ocupa o quinto lugar na série de registros históricos que teve início em 1998.
No mês de setembro, os incêndios seguem intensos, com 79 mil focos registrados até o momento, tornando-se o mês com o maior número de queimadas em 2024. Com isso, o total de ocorrências de incêndio no país já chega a 206 mil neste ano , refletindo uma situação crítica para o meio ambiente e as propriedades rurais.
A gravidade das queimadas no Brasil trouxe impactos significativos tanto para o meio ambiente quanto para o setor agropecuário. Além de comprometer a fertilidade do solo e diminuir a produtividade agrícola, os incêndios causam prejuízos diretamente às infraestruturas das propriedades rurais, como cercas e pastagens. Essa realidade evidencia a urgência de medidas mais eficazes para a prevenção e controle do fogo, além do fortalecimento de políticas ambientais que protejam áreas vulneráveis.
Especialistas apontam que, para mitigar os danos causados pelas queimadas, é fundamental investir em tecnologia e conscientização no campo. Práticas agrícolas sustentáveis e o manejo adequado do solo são essenciais para reduzir a ocorrência de incêndios e garantir a recuperação das áreas afetadas. Ao mesmo tempo, a participação ativa do governo, com ações coordenadas de fiscalização e apoio aos produtores rurais, é crucial para a preservação dos ecossistemas e para a segurança alimentar do país.
À medida que as queimadas continuam em alta, a responsabilidade recai não apenas sobre as autoridades, mas também sobre todos os setores da sociedade. A adoção de práticas de manejo sustentável e o respeito ao meio ambiente são passos decisivos para enfrentar essa crise. Com o apoio de políticas públicas específicas e o comprometimento de produtores e comunidades, é possível reduzir os impactos das queimadas e proteger os recursos naturais do Brasil.
Da redação Ponto Notícias
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