Aumento da Bandeira Tarifária: Outubro Trará Novas Tarifas de Energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que, em outubro, a bandeira tarifária será detalhada como o nível vermelho 2. Isso indica um detalhe específico nas contas de luz, impulsionado por fatores como a baixa capacidade dos reservatórios das usinas hidrelétricas e a elevação do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).

Essa mudança terá um efeito direto no orçamento dos consumidores, pois haverá um custo adicional de R$ 7.877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) utilizados. Desde que a bandeira “escassez hídrica” foi introduzida em abril de 2022, este é o aumento mais expressivo registrado até agora.

Diversos fatores desenvolvidos para a implementação da bandeira vermelha nível 2, entre os quais se destacam o risco hidrológico (GSF) e a alta no Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). As tendências atuais indicam que a influência nos reservatórios das hidrelétricas será bastante reduzida.

Qual é o impacto na inflação? Especialistas alertam que a aplicação da bandeira tarifária vermelha aumenta 2 vezes a um aumento no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a principal medida da inflação no Brasil. A CM Capital estima que esse impacto será de 0,45 ponto porcentual. Por outro lado, o economista Homero Guizzo, da Terra Investimentos, prevê um aumento de 21 pontos-base (0,21 ponto porcentual) no IPCA, resultando em um acréscimo de 5,2% nos preços da energia elétrica.

As variações sobre quando a bandeira vermelha patamar 2 serão desativadas e apresentarão algumas divergências. Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, acredita que a bandeira amarela deve ser rompida em dezembro. Por sua vez, Homero Guizzo, da Terra Investimentos, antecipou que a bandeira vermelha patamar 1 poderá persistir até a metade de 2025, sendo seguida pela bandeira amarela no segundo semestre e retornando ao patamar vermelho 1 no final daquele ano.

Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias? Instituído em 2015, esse sistema foi criado para informar os consumidores sobre os custos de geração de energia no Brasil, minimizando os impactos financeiros sobre as distribuidoras. Desde abril de 2022, o país experimentou uma série de bandeiras verdes, interrompida em julho de 2024 com a introdução da bandeira amarela. Em setembro, foi adotada a bandeira vermelha patamar 1, e agora, em outubro, o cenário se apresenta com a bandeira vermelha patamar 2.

As bandeiras tarifárias refletem as condições de geração de energia, variando de verde (indicação de condições adequadas) a vermelho patamar 2 (sinalizando condições desfavoráveis). Antes da implementação deste sistema, o custo adicional adicionado à geração de energia em situações adversárias era incluído apenas no reajuste anual das tarifas das empresas distribuidoras, o que resultava na incidência de juros.

Conclusão
A ativação da bandeira tarifária vermelha patamar 2 sinaliza um período desafiador, com o aumento das tarifas de energia elétrica. É fundamental que os consumidores fiquem atentos e adotem estratégias para reduzir o consumo de energia, ajudando a amenizar os impactos financeiros.

Para mais informações e dicas sobre como economizar energia elétrica, acesse o site da Aneel e confira as recomendações de especialistas.

Da redação Ponto Notícias