A relação com os animais e experiências rurais influenciaram a vida de Eliane Bervian, que cultiva soja na cidade de Tapera, no Rio Grande do Sul. Com mais de duas décadas de experiência no setor agrícola, ela colabora de perto com seu cônjuge, Carlos.
Eliane menciona que, embora tomem decisões em conjunto, a perspectiva feminina tende a ser mais analítica e minuciosa. “Além da parte operacional, também debatemos sobre finanças”, acrescenta. Ela levanta uma reflexão importante: “A contribuição da mulher sempre foi vital no lar, então por que não no setor rural?”
De acordo com a produtora, no Rio Grande do Sul há uma busca incessante por inovações tecnológicas. “Ao plantar soja, utilizamos técnicas de plantio direto, fazemos a adubação correta e realizamos a correção do solo. A seleção das variedades é outro aspecto crucial, sempre com o objetivo de alcançar alta produtividade e garantir a saúde das plantas”, esclarece.
A produtora de soja destaca que a cultura do grão tem apresentado alterações a cada ano. “Pragas, doenças e ervas daninhas que se tornam cada vez mais resistentes têm um impacto direto na produção”, observa. Ela enfatiza que, nesse contexto, o suporte técnico se torna uma ferramenta essencial para os agricultores. Estar bem informado e adaptar-se a essas mudanças é crucial para o sucesso da atividade.
Como mulher no setor agrícola, ela percebe que as dificuldades estão diminuindo em comparação com o passado. Os homens têm aberto mais oportunidades para as mulheres, o que representa um avanço positivo. Apesar de ainda haver alguma discriminação, essa situação está mudando de forma significativa.
A produtora ressalta que os principais desafios enfrentados na agricultura estão associados às condições climáticas e à escassez de apoio governamental. Ela enfatiza a importância de reconhecer que a agricultura é a base da economia brasileira e que o suporte estatal é vital para o crescimento desse setor essencial.
“Já parou para pensar no impacto que teria se os agricultores brasileiros optassem por não plantar durante um ano? O efeito seria catastrófico, não apenas para a economia, mas também para a segurança alimentar do país. Essa reflexão é fundamental quando abordamos o futuro da agricultura no Brasil”, conclui.
Da redação Ponto Notícias l Com informação Gabriel Almeida