Na manhã desta sexta-feira, 25 de outubro, uma operação da Polícia Federal foi direcionada ao deputado Gustavo Gayer. O parlamentar relatou que foi surpreendido logo cedo pela presença dos agentes, que teriam realizado abordagens firmes ao iniciar a ação.
Esse episódio marca mais uma etapa das operações em que figuras políticas estão sendo investigadas em meio a diferentes contextos legais. Gayer manifestou-se sobre o ocorrido, indicando a intensidade da abordagem e levantando questionamentos sobre os motivos por trás das ações.
A operação visa desmantelar possíveis esquemas de apropriação indevida de fundos públicos, além de investigar a utilização de documentos forjados para estruturar uma organização com interesses específicos. A ação faz parte de uma série de operações que visam garantir a transparência no uso dos recursos destinados às atividades parlamentares e à criação de entidades de interesse público.
Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, o deputado Gustavo Gayer relatou que foi surpreendido logo cedo, às 6h, quando agentes da Polícia Federal bateram intensamente à sua porta. Gayer afirmou não ter informações detalhadas sobre os motivos da operação no momento, expressando surpresa com a ação.
Além do parlamentar, a operação também inclui alguns de seus assessores como alvos das investigações. A ação da Polícia Federal busca levantar informações sobre possíveis irregularidades envolvendo o desvio de recursos e a criação de organizações que atendam a interesses específicos por meio de práticas questionáveis.
Gustavo Gayer declarou que a investigação da qual é alvo foi instaurada em setembro, mas até o momento não possui informações detalhadas sobre as razões que levaram à operação. Ele comentou que alguns de seus assessores também receberam mandados de busca e apreensão, reforçando que os detalhes do inquérito ainda não foram revelados.
O deputado mencionou que agentes levaram diversos de seus equipamentos eletrônicos, incluindo celular e dispositivos de armazenamento. Gayer atribuiu a ação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e expressou críticas, considerando a situação como um reflexo de uma "democracia relativa" que, segundo ele, impacta o país, principalmente ao ser realizada próximo a um dia de eleição.
A Polícia Federal informou, em nota, que aproximadamente 60 agentes participam da operação, cumprindo 19 mandados de busca e apreensão em locais como Brasília, Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás, Aparecida de Goiânia e Goiânia. As investigações visam apurar crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.
Esses mandados têm como objetivo coletar evidências sobre possíveis desvios de recursos públicos e o uso de documentos falsificados para a criação de uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). A operação faz parte de um esforço maior para identificar e combater irregularidades na utilização de verbas parlamentares.
A operação foi nomeada "Discalculia" em referência ao transtorno de aprendizagem que dificulta o entendimento de números, devido a uma irregularidade descoberta nas documentações da OSCIP em questão. Segundo a Polícia Federal, a Ata de Assembleia da constituição da entidade apresentava data retroativa ao ano de 2003, embora a composição do quadro social naquela época fosse composta por crianças entre 1 e 9 anos, o que evidencia uma falsificação nos registros.
A irregularidade aponta uma tentativa de manipulação dos documentos para validar a organização de forma retroativa, levantando suspeitas sobre as intenções e o propósito da entidade. Esses detalhes reforçam as suspeitas de que a OSCIP tenha sido constituída de maneira fraudulenta para obter benefícios indevidos, utilizando dados fabricados.
Da redação Ponto Notícias l Goiânia
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