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Governador Tarcísio é acusado de fake news e enfrenta pedido de impeachment

Declarações sobre apoio do PCC a Boulos nas eleições geram investigações e reações entre partidos de esquerda na Alesp.

Por: Redação Fonte: Redação
31/10/2024 às 10h00
Governador Tarcísio é acusado de fake news e enfrenta pedido de impeachment
Tarcísio de Freitas durante votação, onde fez declarações controversas sobre a influência do PCC nas eleições.

Representantes de grupos de esquerda formalizaram um pedido para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, seja destituído do cargo. A motivação principal do pedido são declarações do governador, que associou o grupo criminoso PCC ao apoio eleitoral a Guilherme Boulos. No entanto, a solicitação de impeachment não conta com o apoio coletivo de todas as lideranças do campo político, sendo mais uma iniciativa de alguns representantes específicos, sem consenso unificado sobre a medida.

A aliança entre os partidos PT, PCdoB e PV, junto com os representantes do PSOL e Rede na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), formalizou um pedido de destituição do governador Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, nesta quarta-feira, 30. A motivação para o pedido está relacionada a uma declaração recente do governador, feita no domingo, 27, em que ele afirmou que o grupo criminoso PCC teria influenciado votos em favor de Guilherme Boulos, do PSOL, candidato à Prefeitura de São Paulo, derrotado pelo atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB.

Partidos de esquerda solicitaram uma investigação contra o governador Tarcísio de Freitas, acusando-o de cometer crime de responsabilidade. Segundo o deputado estadual Paulo Fiorilo, do PT e um dos autores do pedido de impeachment, o governador usou suas declarações de maneira imprudente e inadequada, caracterizando-as como um ato ilegal e irresponsável. Fiorilo argumenta que, se a administração estadual cometeu tal ato, como ocorrido no último dia 27, a Assembleia Legislativa precisa tomar uma posição firme e não pode minimizar o ocorrido, que o próprio governador admitiu como um erro.

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O governador Tarcísio de Freitas afirmou que o grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) teria incentivado seus membros a apoiar Guilherme Boulos no segundo turno das eleições municipais. Em uma conversa com jornalistas no colégio Miguel de Cervantes, localizado no Morumbi, onde ele votava, Tarcísio relatou que conversas monitoradas indicaram instruções vindas de presídios, com direcionamentos de apoio a certos candidatos em áreas específicas. Ele destacou que essas interceptações fazem parte de ações de inteligência, mas ressaltou que essas mensagens não influenciaram o resultado final das eleições.

Ao ser questionado sobre qual candidato teria recebido apoio da facção criminosa em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas respondeu: "Boulos". Em meio a acusações de disseminação de notícias falsas, Tarcísio afirmou que encaminharia ao Ministério Público as alegadas mensagens interceptadas pelos serviços de inteligência do governo estadual. Essas mensagens, conhecidas como bilhetes, foram obtidas e publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Uma das mensagens interceptadas mencionava que a facção criminosa não estabelece alianças com partidos políticos, mas, considerando a "situação" que está enfrentando, solicitava apoio à candidatura de Guilherme Boulos e Marta Suplicy, do PT, nas eleições.

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A segunda mensagem reiterava a recomendação de votar na chapa formada pelo candidato do PSOL e a petista, destacando que essa ação era de "extrema importância". Além disso, afirmava que essa informação era "o que chegou até" eles.

Da redação Ponto Notícias

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