O discurso de Lula sobre o regime nazista foi ouvido por Donald Trump, no contexto da eleição presidencial dos Estados Unidos em 2024, que resultou no retorno de Trump ao poder, gerando reações em diversos países. No Brasil, Celso Amorim, assessor de assuntos internacionais, comentou o apoio sutil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à vice-presidente dos EUA, Kamala Harris. Amorim relatou que, apesar das declarações do presidente brasileiro, ele não fez críticas diretas ao ex-presidente norte-americano.
Em resposta a essa declaração, assessores de Trump relembraram comentários feitos por Lula antes das eleições, nos quais o presidente brasileiro declarou apreensão com a possibilidade de um retorno de Trump, associando-o a uma nova manifestação de fascismo e nazismo. Lula reiterou seu apoio a Kamala Harris, destacando sua admiração pela democracia e posicionando-se de forma clara em relação à sua preferência política.
Em uma entrevista internacional, Lula comentou sobre as ações de Donald Trump durante seu governo anterior, destacando o ataque ao Capitólio, que posteriormente foi um episódio chocante e inesperado em uma nação que sempre foi vista como um modelo de democracia. O presidente brasileiro alertou sobre o retorno de ideologias extremistas, enfatizando que tais ideologias poderiam ressurgir sob novas formas, um aviso sobre os riscos que ele percebeu no contexto político global.
Lula, ao comentar sobre Donald Trump, afirmou: "Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do mandato… É o fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara." Ele reforçou seu apoio à candidatura de Kamala Harris, destacando que acreditava que ela representaria de forma contundente os valores democráticos.
O governo de Lula pretende adotar uma postura diplomática equilibrada diante do novo mandato de Donald Trump, buscando manter relações equilibradas entre os dois países. Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais, ressaltou que, apesar das tensões e declarações acima, o Brasil busca manter uma abordagem pragmática. Ele citou como exemplo a gestão das relações durante a presidência de George W. Bush, quando, mesmo após a notificação do Brasil à guerra no Iraque, as relações bilaterais foram preservadas.
Celso Amorim afirmou que o governo brasileiro procurará “manter uma relação normal” com o novo mandato de Trump. Esta declaração sublinha a intenção do Brasil de distinguir diferenças políticas de assuntos diplomáticos e comerciais, com o objetivo de garantir um diálogo contínuo e construtivo entre os dois países.
A diplomacia brasileira se depara com o desafio de gerenciar a cooperação com os Estados Unidos enquanto lida com as divergências ideológicas com o governo de Trump. Será fundamental para o Brasil manter um canal de diálogo aberto, apesar das diferenças políticas, para proteger seus interesses econômicos e geopolíticos, garantindo uma atuação equilibrada no cenário internacional.
A experiência de relações anteriores, como a do governo de George W. Bush, demonstra que é possível manter laços diplomáticos sólidos mesmo em tempos de políticas tensas. Sob a liderança de Lula, o Brasil parece disposto a seguir essa abordagem, utilizando a diplomacia como ferramenta para equilibrar seus princípios com a necessidade de pragmatismo, garantindo uma postura construtiva nas relações internacionais.
Da redação Ponto Notícias l Politica Internacional