O Brasil decidiu não convidar a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a Cúpula do G20, apesar do interesse demonstrado pelo órgão. A OCDE informou anteriormente que seu secretário-geral estava incluído no evento.
O Brasil optou por não estender um convite à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a Cúpula do G20 de 2024, que ocorrerá no Rio de Janeiro em novembro. Esta decisão representa pela primeira vez desde a criação da OCDE, em 2008, que o órgão será excluído do evento. A organização solicitou oficialmente a presença de seu secretário-geral, Mathias Cormann, mas o pedido foi desconsiderado pelo governo brasileiro, conforme relatório do Poder360.
A OCDE, localizada em Paris, foi criada inicialmente para ajudar a assistência da Europa após a Segunda Guerra Mundial e, embora tenha ampliado sua atuação para incluir países em desenvolvimento, continua sendo majoritariamente composta por nações europeias. A decisão do Brasil de não convidar uma organização para a Cúpula do G20 de 2024 foi vista como um gesto deselegante pelos países europeus, uma vez que a OCDE tem sido uma presença constante e significativa nesses encontros ao longo dos anos.
O Comitê de Relações Exteriores da OCDE discutiu recentemente a exclusão da organização da Cúpula do G20 e confirmou que houve tentativas diplomáticas para garantir a presença do secretário-geral Mathias Cormann, mas essas tentativas foram frustradas. Além disso, a Rússia expressou apoio à remoção de qualquer menção à OCDE nos documentos que serão elaborados durante a presidência brasileira do G20.
Por outro lado, a África do Sul, que assumirá a presidência do G20 em 2024, já garantiu que a OCDE será convidada para participar de todas as reuniões do grupo, incluindo a cúpula de 2025, que ocorrerá em Joanesburgo.
Durante sua presidência no G20, o Brasil já havia mostrado uma redução do foco e da importância da OCDE nas discussões, especialmente em áreas que não envolvem questões financeiras. Esse movimento reflete uma reconfiguração nas prioridades diplomáticas do país, que parece buscar uma maior autonomia nas negociações do grupo, limitando a participação da organização em outros temas além da economia.