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Recorde Mundial de Produtividade de Soja: Como Alex Harrell Conseguiu Colher 244 Sacas por Hectare

Agricultor norte-americano superou desafios climáticos e biológicos para alcançar uma produtividade impressionante, com lições que podem ser aplicadas no Brasil.

Por: Redação Fonte: Redação
12/11/2024 às 10h00
Recorde Mundial de Produtividade de Soja: Como Alex Harrell Conseguiu Colher 244 Sacas por Hectare
Alex Harrell, agricultor da Geórgia, superou desafios como clima severo e flutuações de mercado para bater o recorde mundial de produtividade de soja em 2024, com 244,67 sacas por hectare.

Entenda como os detentores do recorde mundial de produtividade de soja conseguem colher 244 sacas por hectare, mesmo enfrentando condições desafiadoras. Fatores como clima severo, flutuações no mercado e problemas biológicos geram incertezas para produtores de soja globalmente, inclusive no Brasil. Na Geórgia, Alex Harrell, um agricultor norte-americano, se destacou ao superar essas adversidades. Em 2023, ele obteve uma produtividade impressionante.

Os produtores de soja em várias regiões do mundo, incluindo o Brasil, enfrentam desafios constantes devido ao clima severo, flutuações de mercado e fatores biológicos. Na Geórgia, o agricultor norte-americano Alex Harrell se destacou ao superar essas dificuldades. Em 2023, ele alcançou uma produtividade de 231,8 sacas por hectare, e em 2024, bateu seu próprio recorde, colhendo 244,67 sacas por hectare. Seu sucesso é atribuído a uma estratégia meticulosa e focada no desempenho máximo.

Marcos Loman, PhD em Agronomia e integrante da equipe da BRANDT Discovery and Innovation, uma empresa norte-americana especializada em inovação tecnológica para a fisiologia vegetal, biossoluções e tecnologia de aplicação, explica que o recordista de produção de soja obteve um número extremamente elevado de vagens e grãos por metro quadrado, o que foi feito em um potencial produtivo específico alto.

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Loman destaca, no entanto, que na fisiologia das plantas, um grande número de grãos geralmente está associado a uma perspectiva negativa com o peso dos grãos, pois eles competem pelos recursos gerados pela fotossíntese. À medida que o número de grãos aumenta, o peso médio tende a diminuir, o que significa que uma quantidade maior de grãos nem sempre resulta em uma produtividade final superior.

O "segredo" do recordista, conforme explicado pelo especialista, foi superar essa visão negativa ao aprimorar a capacidade fotossintética das plantas, que é a habilidade de converter a luz solar em energia química. Isso resultou em um aumento nos fotoassimilados disponíveis, que foram distribuídos entre o maior número de grãos nas plantas de soja. Loman detalha que o produtor utilizou drones para realizar aplicações quase semanais de fungicidas, juntamente com produtos nutricionais, o que prolongou a área foliar e potencializou o enchimento dos grãos.

É possível alcançar recordes de produtividade como esse no Brasil, mas há dois pontos essenciais que desativam a atenção, conforme destaques Hugo Rosa, Gerente de Produtos de Nutrição: o manejo nutricional e a saúde do solo.

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Em relação ao manejo, Rosa observa que, enquanto muitos produtores brasileiros realizam apenas um ou dois manejos nutricionais ao longo do ciclo da soja, Alex Harrell adota uma nutrição contínua, o que é um grande diferencial em sua estratégia. “É esse modelo de aplicações isoladas de nutrientes, bastante comum nas atividades brasileiras, que precisamos transformar para alcançar resultados semelhantes aos de Alex no Brasil”, afirma Rosa.

O especialista também destaca a importância de considerar os padrões fisiológicos de nutrientes específicos durante o processo de abastecimento dos grãos, como magnésio, boro e potássio, que têm grande impacto nesta fase do desenvolvimento da soja.

De acordo com ele, o magnésio é essencial para a produção e o transporte de açúcares na planta, participando de vários processos relacionados a esse transporte. O boro, por sua vez, é fundamental na formação da sacarose, um açúcar estável e fácil de ser transportado pelas plantas, sendo crucial para o enchimento dos grãos. Já o pote tem um papel na regulação da pressão osmótica do floema, o que aumenta a fluidez e a velocidade do transporte de açúcares, impactando diretamente no peso final dos grãos.

Outra diferença importante, destacada por Rosa, refere-se às características dos solos, que devem ser levadas em consideração ao comparar as máquinas brasileiras com as de Harrell. "Os solos do Brasil e dos Estados Unidos apresentam diferenças importantes. Enquanto os produtores norte-americanos na região de Harrell têm um sistema de manejo voltado para a conservação da fertilidade natural e à eficiência no uso de fertilizantes, no Brasil, é necessário investir constantemente na Correção e suplementação do solo", explica. Ele ainda aponta que práticas como rotação de culturas, adubação verde, aumento de matéria orgânica e o uso de produtos biológicos específicos são essenciais para melhorar a qualidade do solo no país.

Para que o sucesso de Harrell seja replicado no Brasil, o especialista destaca que o fator crucial é um manejo bem estruturado, com a aplicação de nutrientes e recursos adequadamente a cada fase de desenvolvimento da soja, desde o pré-plantio até a dessecação. “Nutrir a cultura como um todo, oferecer-lhe o que ela precisa durante todo o ciclo, é muito mais eficiente do que aplicar um único nutriente em um momento específico”, explica. Segundo ele, se o produtor possui solos com boas características físicas, químicas e biológicas, e utiliza tecnologias de suplementação foliar ao longo do ciclo, o resultado será o alcance do máximo potencial produtivo. O sucesso de Harrell, então, é atribuído a um planejamento cuidadoso e ao uso de tecnologias que potencializam os nutrientes.

Da redação Ponto Notícias

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