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Estratégias Inovadoras para o Controle de Lagartas na Lavoura de Soja

Pesquisador da Embrapa Soja explica como o uso de cultivares Bt e produtos biológicos auxilia os produtores no manejo de proteção, garantindo proteção à produtividade agrícola.

15/11/2024 às 07h00
Por: Redação Fonte: Redação
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Pesquisador da Embrapa Soja trabalha em busca de sinais de lagartas, destacando a importância do monitoramento contínuo para uma colheita saudável. l Foto: Seagro/Governo do Tocantins
Pesquisador da Embrapa Soja trabalha em busca de sinais de lagartas, destacando a importância do monitoramento contínuo para uma colheita saudável. l Foto: Seagro/Governo do Tocantins

No estudo da soja, o acompanhamento das previsões deve ir além de uma simples observação visual, conforme destaca o pesquisador da Embrapa Soja, Samuel Roggia. Ele enfatiza que o manejo eficaz da lagarta exige um monitoramento mais detalhado e estratégico, considerando práticas que possam reduzir o impacto dessas informações na produção.

Segundo o especialista em entomologia, uma das soluções é o uso de variedades de soja geneticamente modificadas, que podem ajudar a controlar o avanço de previsões e minimizar perdas nas atividades. Roggia sugere que, ao integrar essas tecnologias, os produtores podem enfrentar os desafios fitossanitários com maior eficiência, protegendo suas colheitas de maneira sustentável.

Durante os meses entre novembro e março, quando a ocorrência da lagarta-da-soja tende a aumentar devido ao clima seco, os agricultores devem intensificar suas práticas de controle para evitar danos causados ​​à produção. Este período exige uma atenção extra ao manejo das pragas, considerando que uma infestação pode comprometer a eficiência das atividades.

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Samuel Roggia, especialista em entomologia da Embrapa Soja, destaca que o emprego de cultivares de soja geneticamente modificadas, como as variedades Bt, tem se mostrado uma das estratégias mais eficazes para lidar com a lagarta-da-soja. Esse tipo de soja transgênica oferece uma barreira natural contra as leis, permitindo que os produtores mantenham sua produtividade com menos riscos de perdas causadas por ataques de insetos.

A soja transgênica Bt, que possui proteínas específicas capazes de eliminar seletivamente como a lagarta-da-soja, tem se destacada como uma solução central para o controle de infestação nas culturas. Essas proteínas atuam como um agente de defesa contra a Anticarsia gemmatalis, garantindo maior proteção às plantações. Atualmente, três gerações desse tipo de soja estão disponíveis no mercado, sendo a primeira a mais comum entre os produtores.

Samuel Roggia, pesquisador da Embrapa Soja, explica que o uso frequente da soja Bt tem resultado em uma notável diminuição dos surtos de lagarta-da-soja. O impacto positivo da soja Bt na redução dessa praga reflete sua eficiência e importância como parte da estratégia de manejo sustentável para a cultura da soja.

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O cultivo de soja no Brasil lida com uma variedade de influência que influencia as plantações de maneira diferenciada. Além da lagarta-da-soja, outras pragas secundárias, como a lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens), apresentam riscos em certas áreas do país, com infestações ocorrendo de forma localizada. Além disso, espécies como Spodoptera eridania e Spodoptera cosmioides também representam ameaças potenciais, embora em menor escala.

Essas críticas não são afetadas pelas cultivares de soja Bt, que foram elaboradas para combater a lagarta-da-soja. No entanto, o impacto dessas espécies tende a ser menos significativo e varia conforme as condições regionais e sazonais. Essa variabilidade exige um monitoramento constante por parte dos produtores, para que possam adaptar suas estratégias de controle conforme o perfil de políticas predominantemente em cada safra.

O pesquisador Samuel Roggia enfatizou que o monitoramento regular e detalhado das culturas de soja é um crucial para o manejo eficaz das lagartas, mesmo quando são utilizadas cultivares Bt. Ele recomenda que, semanalmente, os produtores realizem amostragens cuidadosas, tanto em trabalhos transgênicos quanto em não transgênicos. Esse monitoramento deve ir além de uma simples observação visual, com identificação precisa das espécies de lagartas presentes, permitindo a escolha das estratégias de controle mais adequadas.

Outro ponto relevante é que o monitoramento constante ajuda a observar a ação de agentes naturais de controle, como vírus, fungos e predadores, que podem atuar sobre a população de lagartas. Roggia ressalta que, em situações de baixa infestação, a aplicação de produtos químicos pode ser evitada, o que favorece o equilíbrio ecológico e a eficiência dos controles biológicos no trabalho.

No manejo das lagartas em lavouras de soja, é essencial compreender os níveis de tolerância da planta à desfolha. Durante o estágio de crescimento anterior ao florescimento, a soja consegue suportar até 30% de desfolha sem impacto negativo significativo na produtividade. Após o início do florescimento, essa tolerância reduz-se a 15%, o que exige um monitoramento mais atento. Conforme explica o pesquisador Samuel Roggia, a soja pode, em muitos casos, concluir seu ciclo sem necessidade de intervenções químicas, desde que o monitoramento das previsões seja frequente e rigoroso, garantindo que a população de lagartas não ultrapasse níveis críticos.

Esse conhecimento sobre a tolerância da soja à desfolha permite que os produtores avaliem de forma mais precisa a necessidade de controle, evitando gastos desnecessários e promovendo um manejo sustentável, com menos impacto ambiental.

Para os produtores de soja, a atenção às secundárias, como a lagarta helicoverpa, é essencial, especialmente em áreas próximas às regiões produtoras de algodão. Embora essa praga não seja amplamente divulgada, seu manejo se torna crucial em cultivos de soja com alto potencial produtivo. Além disso, o pesquisador Samuel Roggia ressalta que, apesar da prática de rotação de culturas ser eficaz contra várias previsões, seu impacto no controle das principais lagartas de soja é limitado, já que essas são altamente específicas da cultura. A exceção fica por conta da lagarta-do-cartucho, comum no milho, que também pode afetar a soja em determinadas áreas.

Para infestações mais graves, o controle das lagartas pode exigir o uso de produtos químicos ou biológicos. Roggia recomenda que essas intervenções ocorram nas fases iniciais de desenvolvimento das práticas, momento em que elas são mais vulneráveis ​​e o tratamento é mais eficiente. A aplicação controlada e o monitoramento frequente são fundamentais para garantir que o manejo seja eficaz e minimize o impacto ambiental.

O uso de produtos biológicos, como agentes microbianos específicos para justiça, tem oferecido uma alternativa eficaz no combate a lagartas jovens na soja. Existem várias opções de produtos biológicos disponíveis no mercado, e sua escolha deve ser cuidadosa, levando em conta a espécie específica de lagarta presente na labora. Esse cuidado com a identificação correta da praga é crucial, pois cada tipo de controle biológico tem eficácia direcionada para determinadas espécies.

O especialista destaca que o sucesso no manejo biológico depende não apenas da seleção do produto adequado, mas também de um monitoramento regular e detalhado. A presença ativa do produtor, através de observações frequentes, permite ajustar as estratégias de controle conforme as mudanças no campo, garantindo que a produtividade da cultura seja preservada e as infestações mantidas sob controle.

Da redação Ponto Notícias l Brasília

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