A Polícia Federal está conduzindo investigações que envolvem integrantes das Forças Armadas sob a acusação de conspirar contra a ordem institucional após o pleito eleitoral de 2022. Entre as alegações, surge a de que o grupo teria monitorado a residência oficial de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
As apurações apontam que os suspeitos planejavam deter o magistrado, mas a execução do plano foi supostamente suspensa em razão de mudanças na agenda do Supremo, que incluíram o adiamento de uma sessão importante. O caso segue em análise para determinar a extensão dos fatos e as responsabilidades envolvidas.
O relatório da Polícia Federal revela que mensagens interceptadas entre os integrantes do grupo denominado "Copa 2022" indicam uma possível organização estratégica. Os investigados estariam espalhados em diferentes locais para, supostamente, realizar ações que incluíam a detenção de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
O documento sugere uma coordenação específica das atividades do grupo, reforçando as suspeitas sobre um plano articulado para interferir diretamente na atuação do magistrado e, possivelmente, na estabilidade das instituições democráticas.
De acordo com as investigações, o plano que visava a prisão do ministro Alexandre de Moraes teria sido suspenso após o anúncio do adiamento de uma sessão do Supremo Tribunal Federal, que trataria do julgamento do orçamento secreto.
Os detalhes desse adiamento foram compartilhados no grupo de mensagens instantâneas utilizado pelos suspeitos, indicando que a ação estava diretamente vinculada à realização da sessão. Isso reforça o caráter estratégico das movimentações monitoradas pelas autoridades.
Após a notícia do adiamento da sessão, a suposta operação foi interrompida.
Um dos integrantes do grupo, em mensagens captadas pelos investigadores, comunicou a suspensão da ação: “Abortar… Áustria… volta para local de desembarque… estamos aqui ainda”. Essas palavras indicam a desmobilização imediata do grupo e reforçam a existência de uma articulação organizada, embora não concluída.
O relatório da Operação Contragolpe, que levou à prisão de cinco militares nesta terça-feira (19), detalha as ações de um grupo acusado de planejar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As investigações apontam que os suspeitos realizaram uma operação clandestina, denominada "Copa 2022", no dia 15 de dezembro de 2022.
Essa operação ocorreu três dias após a diplomação oficial de Lula e Geraldo Alckmin como presidente e vice, respectivamente, em cerimônia conduzida pelo Tribunal Superior Eleitoral, sob a presidência de Alexandre de Moraes. A PF indicou que essa mobilização fazia parte de um plano para desestabilizar a transição de governo ao final do mandato de Jair Bolsonaro.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, os integrantes da operação utilizaram estratégias para evitar rastreamento, como o uso de linhas telefônicas registradas em nome de terceiros e codinomes de países, incluindo Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Japão e Gana, durante as comunicações. Essas interações foram realizadas pelo aplicativo Signal, conhecido por sua criptografia de ponta a ponta.
A análise das mensagens e dados de localização dos dispositivos dos suspeitos levou os investigadores a considerar "plenamente plausível" que a residência oficial de Alexandre de Moraes tenha sido alvo de monitoramento por um dos envolvidos na operação.
Investigação da Polícia Federal envolvendo militares suspeitos de planejar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Esses indivíduos teriam monitorado a residência oficial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, como parte de uma operação clandestina chamada "Copa 2022". As mensagens interceptadas revelam que o grupo possuía planos de prender o ministro, mas o plano foi cancelado após o adiamento de uma sessão do STF.
A operação utilizava linhas telefônicas de terceiros e codinomes de países, como Alemanha e Áustria, para dificultar rastreamentos. A PF acredita que é plausível que a residência do ministro tenha sido alvo de vigilância. Além disso, a investigação aponta que havia planos para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, em dezembro de 2022, mas esses atos não se concretizaram.
O texto menciona também a deflagração da Operação Contragolpe, que resultou na prisão de cinco militares envolvidos. A operação ocorreu três dias após a diplomação de Lula e Alckmin pelo TSE, que era presidido por Moraes.
Da redação Ponto Notícias