O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, discutiu em entrevista à CNN a expectativa do estado em receber R$ 2,5 bilhões por meio de créditos de carbono. O chefe do executivo estadual falou sobre essa importante iniciativa em uma conversa com a emissora, destacando o impacto positivo que essa quantia pode ter para a região. A entrevista foi realizada na manhã de sábado, 23.
Na manhã deste sábado, 23, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, detalhou a expectativa de que o estado receba R$ 2,5 bilhões pela venda de créditos de carbono gerados entre 2020 e 2030. A projeção é de que mais de 50 milhões os créditos são obtidos, caso o estado alcance a meta de reduzir o desmatamento e a manipulação de suas florestas. Uma entrevista ocorreu uma semana após o Governo do Tocantins submeter o registro do Programa Jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) ao padrão ART TREES, durante a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática ( COP 29), no Azerbaijão.
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, destacou que o estado foi pioneiro em 2023 ao firmar o primeiro contrato do Brasil com a multinacional suíça Mercuria Energy Trading, com o objetivo de investir no território tocantinense, promovendo a preservação ambiental aliada ao desenvolvimento econômico. Ele ressaltou que o projeto já está em vigor e abrange ações externas para as comunidades tradicionais e ribeirinhas, além de políticas de combate aos focos de incêndio.
Ao responder a perguntas sobre os planos do estado para a venda de créditos de carbono em 2025, o governador Wanderlei Barbosa revelou que o Tocantins foi o primeiro estado brasileiro a negociar créditos no mercado internacional e espera arrecadar cerca de R$ 1 bilhão no próximo ano . Ele detalhou que o estado possui 20 milhões de toneladas de créditos a serem vendidos, e que os recursos provenientes das vendas serão distribuídos entre os beneficiários de forma proporcional.
O governador Wanderlei Barbosa explicou que, dos recursos provenientes da venda de créditos de carbono, 25% serão destinados a projetos para as comunidades tradicionais e ribeirinhas, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento dessas comunidades. Outros 25% serão alocados ao agronegócio, incentivando o setor a continuar preservando áreas de seu território, com foco na produção sustentável. O restante, 50%, será destinado a investimentos em infraestrutura, como rodovias, hospitais e educação, garantindo o uso desses recursos para o avanço das necessidades estruturais do estado.
O governador enfatizou a necessidade de equilibrar o crescimento econômico com a preservação ambiental. Ele destacou que, embora o estado esteja experimentando um crescimento econômico significativo, é fundamental que esse progresso também leve em conta a proteção das matas e nascentes. Wanderlei Barbosa informa ainda que os empresários locais estão migrando da pecuária para a produção de grãos, o que contribuiu para que o Tocantins se tornasse o maior produtor de grãos da Região Norte do Brasil.
O governador também foi questionado sobre a participação do Tocantins na COP 29 e destacou que o estado foi apresentado como uma região atraente para investimentos em Baku, no Azerbaijão. Ele explicou que a política adotada pelo estado é focada na segurança jurídica, visa garantir que os investidores, especialmente os envolvidos com negócios sustentáveis, se comprometam com a responsabilidade ambiental. Wanderlei Barbosa reiterou que crimes ambientais não são permitidos no Tocantins e ressaltou a importância de manter práticas sustentáveis em todos os setores econômicos do estado, incluindo o agronegócio, a indústria, o comércio e as áreas urbanas.
Durante a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 29), que ocorreu em Baku, no Azerbaijão, entre os dias 11 e 21 de novembro deste ano, o Governo do Tocantins destacou seu trabalho com o Programa Jurisdicional REDD+ (Redução de Emissões de gases de efeito estufa provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal). O estado foi apresentado como um território seguro para investidores do mercado de carbono, promovendo iniciativas que buscam equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.
Durante a COP 29, o Governo do Tocantins fez um anúncio significativo para o Brasil e o mercado de créditos de carbono. No dia 14 de novembro, foi formalizada a submissão do documento de registro do Programa Jurisdicional de Redução de Emissões dos Gases de Efeito Estufa por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) ao padrão ART TREES. Em colaboração com o Mercuria Energy Group, o projeto prevê a transação de créditos de carbono gerados pelo estado até 2030, com uma projeção de mais de 50 milhões de créditos, o que pode resultar em uma receita superior a R$ 2,5 bilhões, caso o estado de alcance sucesso na redução do desmatamento e manipulação florestal. Esses recursos serão destinados a ações de combate ao desmatamento, com foco nas comunidades locais, e no fortalecimento das políticas ambientais no Tocantins.
Com a projeção de R$ 1 bilhão em receita para 2025 com a venda de créditos de carbono, o Tocantins se posiciona como um exemplo de crescimento econômico sustentável. O estado, que já é destaque no agronegócio, busca integrar sua expansão econômica com práticas de preservação ambiental, garantindo o desenvolvimento de suas atividades produtivas sem comprometer os recursos naturais. Esse modelo de crescimento, que alia o progresso econômico à proteção ambiental, se reflete nas políticas de preservação, que beneficiam diretamente as comunidades locais, além de fomentar novos investimentos em áreas como infraestrutura e educação.
A participação do estado na COP 29 reforça sua posição como líder no mercado de carbono, promovendo uma agenda ambiental alinhada ao desenvolvimento econômico. O Governo do Tocantins tem demonstrado que é possível atingir resultados significativos no combate ao desmatamento, ao mesmo tempo em que investe em setores estratégicos, como o agronegócio, infraestrutura e saúde. Com o sucesso do Programa REDD+, que projeta a geração de mais de 50 milhões de créditos de carbono até 2030, o estado está consolidando sua agenda ambiental e econômica como um modelo de sustentabilidade e inovação.
Da redação Ponto Notícias Tocantins