Em 2024, a destruição da Amazônia causada por incêndios atingiu níveis alarmantes, registrando o maior índice dos últimos 15 anos. Isso difere do desmatamento que envolve a remoção completa da vegetação, degradou uma área a 17 vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
A Amazônia causou uma devastação sem precedentes em 2024, com um aumento expressivo na área impactada. Entre janeiro e setembro, a extensão da floresta degradada atingiu 26.246 km², configurando o maior índice já registrado em 15 anos pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), operado pelo Imazon.
Para ilustrar a magnitude do problema, a área degradada em 2024 é coletada ao território de 17 cidades de São Paulo. Em 2023, no mesmo intervalo, a manipulação foi significativamente menor, totalizando 1.922 km². O salto para 2024 representa um aumento expressivo de 1,265%.
A palavra “degradação” descreve os danos causados à floresta por atividades como queimadas e remoção de madeira, diferenciando-se do desmatamento, que corresponde à remoção total de áreas florestais anteriormente intactas.
Conforme informações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o crescimento das áreas atingidas está associado a incêndios florestais, agravados pela crise climática e pela seca mais severa registrada na região em quase cinco décadas.
Informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais indicam que a Amazônia contabilizou 104,6 mil focos de calor entre janeiro e setembro de 2024, quase o dobro dos 57,9 mil registrados no mesmo intervalo em 2023.
A estimativa extrema de 2024 agravou os incêndios florestais, muitos dos quais escaparam ao controle, independentemente de vínculos diretos com o desmatamento. Os dados do Imazon apontam setembro como o mês mais crítico, com 20.238 km² de área degradada concentrada nesse período.
O Imazon define o fogo como o principal responsável pela manipulação observada. O estado do Pará ocupou a liderança entre as regiões mais atingidas, representando 57% da área total degradada em setembro. Entre os dez municípios mais prejudicados, sete estão localizados no Pará. Outros estados também sofreram impactos significativos, com Mato Grosso registrando 25%, Rondônia 10% e Amazonas 7% da área afetada.
O estudo apontou uma elevação no desmatamento recente, com setembro marcando 547 km² de áreas desflorestadas, superando levemente os números do mesmo mês em 2023. Entretanto, ao longo dos nove primeiros meses do ano, o total desmatado atingiu 3.071 km², diminuindo uma redução em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme os dados do Imazon.
Da redação Ponto Notícias l Com informação Marcos Rocha *CP