O Estado do Tocantins, representado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural (Ruraltins), em colaboração com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, promoveu um seminário dedicado ao associativismo e cooperativismo. A ação ocorreu nesta terça-feira, 26, no Anfiteatro da Universidade Federal do Tocantins, localizado em Gurupi.
O evento, parte do programa Agro + Produtor Rural Oportunidade, conta com uma expressiva participação de agricultores, representantes de associações e cooperativas, além de especialistas da área. A iniciativa teve como objetivo discutir métodos de organização que possam promover práticas agrícolas sustentáveis e ampliar a integração entre produtores e suas comunidades.
O presidente do Ruraltins, Flávio Terence, enfatizou na abertura do seminário a relevância do trabalho coletivo para o avanço no setor agrícola. Ele ressaltou que o associativismo vai além de ser uma ferramenta de produção, representando uma força motriz para mudanças sociais no campo.
Segundo Terence, unir esforços por meio de associações e cooperativas não apenas promove eficiência e sustentabilidade, mas também fortalece a inclusão e garante melhores condições de vida para as famílias que dependem do setor rural no Tocantins.
O zootecnista Hélio Sousa, responsável pela coordenação do convênio Oportunidade, destacou a importância do evento como acontecimentos de mudanças no campo. Ele destacou que práticas de associativismo e cooperativismo são essenciais para promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer as comunidades rurais.
Sousa revelou que encontros como esta ajuda aos produtores a adquirir conhecimentos fundamentais para implementar modelos colaborativos, criando oportunidades para transformar o cenário rural em benefício de todos os envolvidos.
No decorrer do evento, o professor doutor Cleiton Milagres, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), destacou a importância da organização coletiva para a contribuição nas cadeias produtivas. Ele enfatizou que, ao se unirem em associações, os produtores conseguem negociar de forma mais vantajosa, aumentando o valor agregado de seus produtos e contribuindo diretamente para o crescimento econômico da região.
Milagres ressaltou ainda que esse modelo colaborativo é uma estratégia eficaz para enfrentar os desafios do mercado e consolidar a sustentabilidade das atividades rurais.
No painel dedicado às experiências regionais, Francisca Ribeiro, presidente da Associação das Mulheres Agroextrativistas da Pontinha, em Dianópolis, apresenta um relato inspirador. Ela enfatizou como a união entre os associados foi crucial para superar adversidades e transformar obstáculos em conquistas significativas.
Com emoção, Francisca destacou o papel essencial do apoio recebido do Ruraltins e a importância de iniciativas como o evento em Gurupi. Segundo ela, essas ações foram determinantes para a implementação do trabalho coletivo e fortalecimento da associação, tornando-a um exemplo de superação e impacto positivo no agroextrativismo local.
Eduardo Pessoa, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sistema OCB/TO, destacou os impactos positivos do cooperativismo na economia e na sociedade. Ele explicou como esse modelo de organização é capaz de unir objetivos individuais e coletivos, promovendo avanços em produtividade, sustentabilidade e desenvolvimento social.
Para Eduardo, o cooperativismo demonstra que a união é a chave para alcançar resultados mais amplos e duradouros, evidenciando seu papel como uma ferramenta estratégica para investigação o progresso econômico e fortalecimento das comunidades rurais.
Os produtores rurais que participaram do seminário ressaltaram os benefícios proporcionados pelo evento. Joaquim Alves Brasileiro, agricultor de São Salvador, enfatizou o valor do aprendizado adquirido. Ele destacou a relevância de encontros como esse, nos quais é possível compartilhar experiências com técnicos, acadêmicos e outros produtores, enriquecendo as práticas no campo.
Joaquim afirmou que iniciativas como essas são fundamentais para aplicar novos conhecimentos na rotina agrícola, fortalecendo as estratégias de produção e o desenvolvimento rural.
Márcio José Rezende, produtor de Combinado, também manifestou entusiasmo com o seminário, destacando o impacto positivo do evento em sua visão sobre as práticas agrícolas. Ele elogiou a organização e os conteúdos apresentados, afirmando estar ciente do aprendizado adquirido.
Rezende planeja compartilhar o conhecimento com outros agricultores de sua região e aplicá-lo em suas atividades diárias, reforçando o papel do seminário como uma evolução de mudanças e melhorias no meio rural.
A encerramento do seminário foi marcada para um debate enriquecedor sobre os desafios e possibilidades do cooperativismo no Tocantins, destacando a relevância da organização conjunta como base para fortalecer o setor rural. O momento final deixou uma mensagem de união e engajamento entre os produtores.
O evento se consolida como um marco de aprendizado e motivação, renovando as perspectivas dos participantes para alcançar um desenvolvimento mais sustentável e próspero no meio rural.
Essas entidades desempenham um papel fundamental no apoio ao desenvolvimento rural e à promoção de ações inovadoras à sustentabilidade e ao fortalecimento das comunidades locais. Entre elas, destacam-se a Associação dos Produtores Rurais do Assentamento São João (Aprasjo) e a ASMAP , que representam os interesses dos agricultores e suas organizações. A Universidade Federal do Tocantins (UFT) , por meio do Núcleo de Estudos Rurais, Desigualdades e Sistemas Sócioecológicos (Neruds) , contribui com estudos e pesquisas voltadas para as questões rurais e socioambientais.
O Sistema OCB/TO e a Cooperativa Sicredi são importantes agentes do cooperativismo, promovendo a união e o desenvolvimento econômico das comunidades. O Banco da Amazônia e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atuam no financiamento e no apoio à produção rural, enquanto o Apiol Puro Mel e o Puro Mel do Tocantins são exemplos de iniciativas locais externas para a produção e comercialização de mel, um dos produtos agroextrativistas da região.
Por fim, a Cooperamazônia se destaca como uma cooperativa que busca fortalecer a produção e o comércio de produtos sustentáveis, focando na melhoria da qualidade de vida da saúde local e na preservação ambiental. Juntas, essas entidades formam uma rede de apoio ao desenvolvimento do setor agropecuário, promovendo soluções sustentáveis e de inclusão social.
Da redação Ponto Notícias l Secom Tocantins