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Cresce o Interesse dos Brasileiros pela Alimentação Sustentável, mas Preço Ainda é Obstáculo

Pesquisa revela que 91% da população brasileira vê positivamente a alimentação sustentável, mas o custo continua sendo os principais direcionamentos de compra.

Por: Redação Fonte: Redação
28/11/2024 às 07h00
Cresce o Interesse dos Brasileiros pela Alimentação Sustentável, mas Preço Ainda é Obstáculo
Pesquisa revela que a maioria dos brasileiros considera a alimentação sustentável como importante, mas o preço ainda é um fator determinante na hora da compra.

A alimentação sustentável é uma visão de forma positiva para a maioria dos brasileiros, conforme revelado na segunda edição de um estudo global sobre sustentabilidade, realizado pela Sodexo em parceria com o Instituto Harris Interactive. A pesquisa, que envolveu 7.299 entrevistas online em cinco países (Brasil, Índia, França, Reino Unido e Estados Unidos), indica que 91% dos brasileiros têm uma percepção favorável sobre o tema, superando a média global de 74%.

No entanto, apesar dessa visão positiva, o preço continua sendo o fator mais relevante na escolha dos alimentos, com 73% dos participantes considerando-o decisivo. Apenas 27% dos entrevistados priorizaram o impacto ambiental como um investimento importante. Outros aspectos, como sabor (61%), valor nutricional (50%) e ingredientes (48%), também têm mais peso do que a preocupação com a sustentabilidade, seguido de fatores como prazer ao comer (37%), marca (35%). %), conveniência (32%), embalagem (32%) e certificações (31%).

O entusiasmo em relação à alimentação sustentável é significativamente menor nos Estados Unidos (66%), França (65%) e Reino Unido (66%) em comparação com o Brasil e a Índia, onde a facilidade é mais alta (87%).

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Apesar das dificuldades impostas pela inflação, o estudo revela uma visão otimista, com os consumidores acreditando que adotar práticas alimentares sustentáveis ​​pode melhorar tanto sua qualidade de vida quanto a saúde do planeta. No entanto, o principal desafio permanece em tornar essas opções mais acessíveis, adequadas e adequadas aos orçamentos dos consumidores.

A pesquisa aponta que a principal vantagem da alimentação sustentável, na visão de 51% dos participantes, é a diminuição dos impactos ambientais. Além disso, 65% acreditam que adotar uma dieta consciente em relação ao meio ambiente contribui para a melhoria da qualidade de vida. A redução do desperdício é outro benefício destacado, com metade dos entrevistados apontando isso como um fator positivo. Nos rankings de redução de desperdício, os Estados Unidos lideraram, seguidos pela França e o Reino Unido, que estão empatados em segundo lugar. Brasil e Índia ocupam a quarta posição.

Além disso, 47% dos participantes consideram a alimentação sustentável crucial para a melhoria da saúde, ao promover o consumo equilibrado de alimentos saudáveis.

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A pesquisa inclui três perfis de consumidores com diferentes níveis de disponibilidade para consumir produtos sustentáveis. O grupo mais engajado, representando 42% da amostra global (51% no Brasil), é composto principalmente por pessoas de 25 a 44 anos, muitas das quais têm filhos. Este grupo pertence, em sua maioria, às classes sociais mais altas, consome uma ampla variedade de produtos (nem todos sustentáveis) e já incorpora práticas sustentáveis ​​em sua rotina, como a redução do desperdício de alimentos. Notavelmente, os homens tendem a demonstrar um engajamento menor em relação à adoção dessas práticas.

O segundo grupo, denominado "indecisos", representa 44% dos entrevistados, sendo 42% no Brasil. Esse grupo é composto, em sua maioria, por pessoas com menos de 25 anos e com menos filhos. Eles são menos ativos em adotar práticas sustentáveis ​​do que os "engajados" e consomem uma gama menor de produtos, mas já incorporaram ações como a redução do desperdício alimentar em suas rotinas.

Por fim, o grupo dos “distantes do tema” ou “indiferentes” soma 14%. Esse grupo é predominantemente formado por homens de várias idades, que preferem alimentos processados, fast food e frutos do mar. Eles adotam poucas práticas sustentáveis ​​no seu dia a dia e têm menor envolvimento com questões ambientais relacionadas à alimentação.

O consumo de carne vermelha é significativamente mais alto entre os "distantes do tema", com 57% deste grupo consumindo carne algumas vezes por semana, e 53% deles afirmando não ter a intenção de reduzir esse consumo. Em contrapartida, entre os “engajados”, 62% preferem outras fontes de proteína durante uma semana, e 21% desejam manter seu consumo atual de carne vermelha.

Para estimular a mudança, 47% dos “engajados” apontaram que ideias de receitas com produtos sustentáveis ​​são um fator motivador para aumentar o consumo desses itens. Entre os "indecisos", esse índice é de 40%, indicando que a criatividade culinária pode ajudar a contribuir para a adoção de práticas mais sustentáveis.

Diversas práticas sustentáveis ​​no ponto de compra ou consumo de alimentos têm sido identificadas como fatores de incentivo para adoção de uma alimentação mais sustentável, tanto entre os "engajados" quanto entre os "indecisos". Entre eles, destacam-se a presença de rótulos e certificações, a oferta de uma grande variedade de pratos sustentáveis ​​diferentes dos preparados em casa, programas de fidelidade e incentivos ligados a compras sustentáveis. Além disso, a garantia de que os fornecedores seguem práticas responsáveis ​​e que os sobras alimentares serão doadas a instituições de caridade ou bancos de alimentos também são vistos como elementos motivadores para a escolha por uma alimentação mais consciente e responsável ambientalmente.

Da redação Ponto Notícias

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