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O impacto da onicofagia na saúde bucal: riscos e soluções multidisciplinares

Hábito de roer unhas pode causar danos aos dentes, favorecer infecções e exigir tratamentos que vão além da odontologia.

Por: Redação Fonte: Redação
29/11/2024 às 10h00
O impacto da onicofagia na saúde bucal: riscos e soluções multidisciplinares
Hábito de roer unhas está associado a problemas dentais e questões emocionais que exigem atenção especializada.

O hábito de morder as unhas, chamado onicofagia, é um comportamento impulsivo ligado a fatores emocionais como tensão, preocupação ou irritação. Esse ato pode envolver também a pele ao redor das unhas, causando lesões que favorecem infecções. Além das consequências visíveis nas mãos, o contato entre os dedos e a boca facilita o transporte de microrganismos, aumentando a probabilidade de problemas dentários e bucais.

Profissionais da área de saúde bucal destacam os efeitos prejudiciais do hábito de roer as unhas na saúde oral. A prática prolongada exerce pressão sobre os dentes, contribuindo para o desgaste do esmalte e causando desconforto devido à sensibilidade. Além disso, o contato frequente com as unhas pode interferir no alinhamento dos dentes, prejudicando sua funcionalidade e eficiência durante a mastigação.

Os dentes frontais e os caninos estão entre os mais afetados pelo hábito de roer unhas, por serem diretamente utilizados na prática. Com o passar do tempo, essas estruturas podem apresentar fissuras, fraturas e maior sensibilidade a variações de temperatura. O desgaste progressivo, caso não seja tratado adequadamente, pode desencadear problemas no equilíbrio funcional do sistema digestivo, afetando também o maxilar e as articulações. Isso pode dificultar atividades fundamentais como a mastigação e a fala.

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Em crianças, a prática de roer unhas pode trazer complicações ainda mais graves. Quando associada ao hábito de chupar chupetas ou dedos, há um aumento significativo no risco de problemas dentários. O impacto sobre a formação dos dentes de leite pode interferir no alinhamento e desenvolvimento dos dentes permanentes, potencialmente resultando na necessidade de tratamentos ortodônticos extensos e prolongados no futuro.

O hábito de roer unhas facilita a entrada de bactérias das mãos na boca, contribuindo para o surgimento de mau hálito. Problemas como retração gengival também podem ocorrer, expondo a raiz dos dentes e provocando sensibilidade dolorosa, especialmente ao consumir bebidas frias. Além disso, a prática pode levar a alterações na mordida, como má oclusão, resultando em desalinhamento dental e dores musculares na região da mandíbula.

O combate à onicofagia exige uma abordagem ampla, indo além da odontologia. É comum que o tratamento inclua profissionais como psicólogos, que ajudam a identificar e trabalhar os fatores emocionais que originam o hábito. Na parte odontológica, medidas corretivas podem envolver a restauração dos danos causados e o uso de aparelhos que dificultem o ato de roer unhas. A longo prazo, tratar as questões psicológicas é crucial para prevenir a reincidência e assegurar a manutenção da saúde bucal.

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Da redação Ponto Notícias l  Com informação Amanda Oliveira

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