A exibição de um filme com conteúdo considerado inadequado para crianças em uma escola de Macapá levantou questionamentos sobre a responsabilidade e os critérios utilizados para a escolha das obras apresentadas em eventos educacionais. A cena em questão, que gerou desconforto e protestos, trouxe à tona a necessidade de garantir que os materiais listados nos espaços escolares sejam compatíveis com a faixa etária dos alunos e atendem aos princípios éticos e pedagógicos.
Políticos estaduais e federais manifestaram descontentamento nas redes sociais após a exibição do filme Cidade; Campo para jovens da Escola Barão do Rio Branco, localizado em Macapá (AP). A obra, que apresenta uma cena de relacionamento entre mulheres, foi exibida como parte da 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos, realizada entre os dias 19 e 22 de novembro, provocando grande debate público.
A situação, que viralizou nas redes sociais e despertou reações de parlamentares e pais, destaca a importância de uma fiscalização rigorosa e de critérios claros para a curaria de conteúdos apresentados em atividades escolares. Para muitos, se algo não é adequado ao público ao qual é direcionado, ele não deveria estar presente no ambiente em que foi encontrado, especialmente em instituições que priorizam o bem-estar e o desenvolvimento educacional das crianças.
Os representantes do Legislativo expressaram insatisfação com a escolha do conteúdo exibido aos alunos, exigindo esclarecimentos das autoridades organizadoras da mostra. Alguns defendem a adoção de políticas mais rígidas para prevenir a ocorrência de eventos semelhantes em instituições de ensino público.
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) utilizou suas redes sociais para anunciar que acionará o Ministério Público Federal, solicitando uma investigação sobre o caso e a responsabilização dos envolvidos pela ausência de indicação clara da classificação etária do filme selecionado.
O deputado Carlos Jordy expressou sua preocupação com o episódio, apontando críticas ao Ministério dos Direitos Humanos e à escolha do filme para o público infantil. Ele anunciou a decisão de protocolo de um requerimento de informações para esclarecer a classificação indicativa da obra e verificar se a exibição ocorre em uma sessão direcionada para crianças do ensino fundamental.
A polêmica se intensificou com a circulação de vídeos que mostram estudantes reagindo com risos e gritos durante uma cena polêmica. Em consequência, o governo do Amapá suspendeu a mostra no colégio, e o Ministério da Cultura permitiu um equívoco na classificação indicativa da obra, emitindo um pedido de desculpas à comunidade escolar.