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O colapso das contas públicas analisado

As contas públicas do Brasil estão na porta da Vara de Falências e procura-se o responsável

Por: Redação Fonte: Redação
26/12/2024 às 15h00
O colapso das contas públicas analisado
Lula diz que o “único problema da economia é o juro” - quando os juros altos, na verdade, são o único motivo pelo qual a inflação não disparou. Foto: Divulgação

Em tempos mais inocentes, o sujeito viajava para o mundo da lua à
passeio. Ficava lá, distraído, sem se estressar com as dificuldades aqui
de baixo e, em geral, sem dar prejuízo a ninguém. Infelizmente, não é
mais bem assim no Brasil de hoje - ou nem um pouco assim.

Temos, agora, muita gente que viaja para o mundo da lua com más
intenções. Em geral, são altas autoridades do Estado, e dizem coisas que
só existem em suas cabeças. Mas não se trata do louco manso padrão do
Viaduto do Chá. Fazem isso porque querem lhe vender um Rolex suíço
fabricado junto ao Lago Azul de Ypacaray.

"Ninguém neste País tem mais responsabilidade fiscal do que eu",
disse Lula numa entrevista ao receber alta do hospital, onde foi operado
para remover um hematoma no crânio. É como se tivesse anunciado que foi
ele quem inventou o ovo frito.

As contas públicas do Brasil estão na porta da Vara de Falências. Os
programas de "corte de gastos", na vida real, só aumentam impostos.
O governo roda em déficit há dezessete meses seguidos. Todas as estatais
estão no prejuízo. O Correio se declara em situação de insolvência. Em
matéria de irresponsabilidade-raiz, só mesmo Dilma consegue uma
performance igual.

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O presidente passou os dois anos do seu governo dizendo, sem parar, que
equilíbrio nos gastos público é coisa de
banqueiro-bilionário-safado-sabotador-da-faria-lima, e que ele jamais
iria cortar verbas destinadas aos "pobres". Como nunca falou de
nenhuma outra despesa que poderia ser cortada, a conclusão é que não
haveria corte nenhum - e não houve corte nenhum.

"Gasto é vida", disse Lula. "Investimento não é gasto", repetiu
- como se fosse possível investir sem tirar dinheiro de algum lugar. A
defesa do equilíbrio foi excomungada por seu entorno político como
"terrorismo fiscal".

Se isso não é irresponsabilidade, então o que seria? Em um ano o dólar
foi de R$ 4,90 para R$ 6,30, como legítima defesa contra a baderna
fiscal, a inflação está roncando na casa dos 7% anuais e o assalto
armado ao Tesouro Nacional entrou em transe - com o tráfico maciço de
emendas no Congresso, bilhões em aumentos para o judiciário e a
ladroagem sem qualquer risco de punição no resto da máquina.

A arrecadação de impostos, este ano, vai passar dos R$ 3,5 trilhões. Mas
não se vê o "investimento", e nem o dinheiro no bolso do
"pobre".

Lula diz que o "único problema da economia é o juro" - quando os
juros altos, na verdade, são o único motivo pelo qual a inflação não
disparou. Mais: caminham rumo aos 15%, e agora quem defende essas taxas
é o novo presidente que o próprio Lula nomeou para o Banco Central. O
que a "Faria Lima" tem a ver com isso?

Da redação Ponto Notícias l Por J.R. Guzzo

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