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Credibilidade do STF em queda: editorial aponta fatores de desgaste

Com base em pesquisas e decisões controversas, jornal analisa a crise de confiança na Suprema Corte e a acusação de limites extrapolares de atuação.

Por: Redação Fonte: Redação
07/01/2025 às 12h00
Credibilidade do STF em queda: editorial aponta fatores de desgaste
Com 'credibilidade em queda livre', STF jura que está 'salvando a democracia'

O Supremo Tribunal Federal (STF) enfrentou uma onda crescente de críticas que coloca em xeque sua substituição e seu papel na sociedade. Entre acusações de corporativismo, ativismo judicial e privilégios excessivos, a Corte vê sua imagem pública deteriorar-se, conforme apontam pesquisas recentes e análises editoriais. A percepção popular, cada vez mais negativa, reflete a insatisfação com decisões controversas e a sensação de que os magistrados estariam se distanciando de sua função constitucional.

Dados da pesquisa PoderData mostram que o índice de aprovação do STF despencou, enquanto a desaprovação alcançou patamares alarmantes. Essa tendência reforça a visão de que a Corte estaria se desenvolvendo em um "poder imperial", como descreve o editorial do jornal O Estado de S. Paulo. O texto faz um alerta ao Supremo, indicando que, caso a postura não mude, o descontentamento popular pode levar a consequências imprevisíveis.

A postura do Supremo Tribunal Federal (STF) frente às críticas direcionadas à sua atuação, incluindo questões de corporativismo, ativismo judicial e possíveis alinhamentos políticos. Apesar de se apresentar como defensor da democracia e agente de progresso para o país, o tribunal enfrentou uma crescente divergência na opinião pública, que, segundo análise, demonstra uma visão distinta sobre sua atuação. A reflexão é destacada em um editorial publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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Uma análise intitulada “A adição do STF em queda livre”, que reflete sobre a pesquisa realizada pelo PoderData em dezembro. Os resultados indicam uma redução significativa na aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) perante a população. Uma porcentagem daqueles que classificam o desempenho da instituição como “ótimo” ou “bom” sofreu uma queda acentuada, passando de 31% para 12%. Paralelamente, houve um aumento expressivo nos índices de avaliação negativa, com a parcela que considera o desempenho do STF “ruim” ou “péssimo” subindo de 31% para 43%.

O editorial do Estadão atribuiu a queda da substituição do STF a diversos fatores, entre eles decisões polêmicas e a manutenção de privilégios no Judiciário. Segundo o jornal, os magistrados, cuja função é garantir a aplicação imparcial da lei, frequentemente a utilizam em benefício próprio. A crítica destaca o acúmulo excessivo de vantagens no sistema judicial brasileiro, onde benefícios desproporcionais são benefícios aos membros do Judiciário. O texto enfatiza que essa realidade contrasta fortemente com a experiência do restante do funcionalismo público e, sobretudo, dos cidadãos comuns, que arcam com os custos de um dos sistemas judiciais mais caros do mundo.

O texto do editorial aponta que a perda da prorrogação do STF é ainda mais marcante que a do sistema Judiciário em geral, conforme indicado por outras pesquisas. Entre os fatores classificados estão práticas como “garantismo”, “punitivismo”, lobby e conflitos de interesse, que fortaleceriam a percepção do Supremo como um “poder imperial”. O jornal cita casos emblemáticos, como a anulação de condenações da Lava Jato, e decisões que ultrapassaram os limites do papel judicial, influenciando diretamente políticas públicas ou reinterpretando legislações sobre temas controversos, como aborto, drogas e a demarcação de terras indígenas.

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O editorial também ressalta a importância de o STF rever sua postura e alinhar-se novamente às expectativas da sociedade. Decisões que extrapolam os limites da atuação judicial, como a definição de políticas públicas e a reinterpretação de leis, atualizadas para o desgaste da instituição. Segundo o texto, é essencial que a Corte recupere o equilíbrio entre independência e responsabilidade, evitando transformar-se em um instrumento de polarização.

Por fim, o alerta dado ao Supremo é direto: “Se continuar semeando vento, que não se surpreenda quando colher tempestade.” A frase reflete a urgência de uma reflexão interna sobre o papel e os limites de atuação do STF. Para preservar sua legitimidade e a confiança do povo, uma instituição deve priorizar o respeito à Constituição e buscar um diálogo mais próximo com a sociedade que ela representa.

Da redação Ponto Notícias l CP

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