As buscas por vítimas da queda da ponte sobre o rio Tocantins podem ser encerradas nesta terça-feira. A Marinha informou que as operações de busca serão suspensas caso não sejam encontrados novos indícios que possam levar à localização das últimas pessoas desaparecidas. Até o momento, foram confirmadas 14 mortes e três pessoas ainda permanecem desaparecidas.
A Marinha do Brasil anunciou que a Força-Tarefa de busca e resgate das vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada entre os estados do Maranhão e Tocantins, pode ser encerrada nesta terça-feira (7), caso não sejam encontrados novos indícios que ajudem a localizar os três últimos desaparecidos.
De acordo com a Marinha, os esforços de busca poderão ser retomados caso surjam novas informações concretas que ajudem na localização dos desaparecidos. A nota também menciona que será realizada uma nova varredura com mergulhadores para concluir um "ciclo técnico", visando eliminar quaisquer lacunas nas áreas já exploradas durante as operações.
Desde o início das operações, a Força-Tarefa tem concentrado seus esforços nas áreas com maior probabilidade de localização das vítimas, dando especial atenção às proximidades dos veículos e dos escombros. Além disso, a Marinha comunicou que, nesta quarta-feira (8), será realizada a abertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, devido ao aumento do nível do reservatório e às condições climáticas na região, com o regime de chuvas intensificando-se.
“Essa medida é indispensável para garantir a segurança da usina e das comunidades que vivem em seu entorno”, explicou a Marinha em nota.
Dentre os 17 desaparecidos iniciais, 14 mortes já foram confirmadas e três pessoas continuam desaparecidas, conforme informações da Marinha do Brasil. Além disso, um dos corpos ainda não foi identificado e, por isso, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) em São Luís, onde está sendo submetido a exames de DNA.
A correnteza do rio Tocantins tem dificultado as operações de resgate das vítimas ainda não encontradas. Mergulhadores indicam que tanques com defensivos agrícolas, que também caíram no rio, podem ter sido arrastados pela água.
A suspeita é de que a abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito tenha contribuído para o deslocamento dos corpos e materiais para distâncias maiores do local da queda da ponte. A abertura das comportas foi necessária devido às chuvas na região, que elevaram o nível da água represada, atingindo seu limite.
A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira desabou no dia 22 de dezembro, causando a queda de quatro caminhões, duas caminhonetes, um carro e três motos no rio Tocantins.
O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira ocorreu devido ao colapso do vão central, conforme informado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A causa exata do incidente ainda está sendo investigada pelo órgão.
Uma força-tarefa foi montada para identificar os corpos das vítimas encontradas pelas equipes de busca. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os trabalhos de identificação estão sendo conduzidos por um perito oficial médico, peritos criminais, agentes de necrotomia e papiloscopistas.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) contratou um consórcio para a reconstrução da ponte da BR-226, entre Tocantins e Maranhão. A dispensa de licitação, no valor de quase R$ 172 milhões, estabelece que a obra seja concluída até o dia 22 de dezembro de 2025.
A Prefeitura de Estreito decretou situação de emergência no município devido aos impactos da queda da ponte Juscelino Kubitschek. O decreto, assinado pelo prefeito Léo Cunha (PL), solicita apoio técnico e financeiro dos governos federal e estadual, alegando falta de recursos para atender às diversas demandas urgentes, como a localização e o resgate dos desaparecidos. O prefeito também destacou os prejuízos às atividades agrícolas e pesqueiras, além do risco de contaminação do rio Tocantins, devido ao ácido sulfúrico e pesticidas que caíram na água com o colapso da ponte.
Em resposta à situação, no dia 31 de dezembro, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência em Estreito, permitindo que o município solicite recursos federais para ações de Defesa Civil e outras medidas necessárias.
Após quase um mês desde o trágico desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, o novo prefeito de Estreito, Léo Cunha, tomou a medida de decretar situação de emergência no município. A população enfrenta sérias dificuldades, tanto no cotidiano quanto financeiramente, com uma falta de recursos essenciais para atender às necessidades urgentes causadas pela tragédia. O impacto se reflete na falta de infraestrutura básica, danos às atividades agrícolas e pesqueiras, além da ameaça de contaminação do rio Tocantins, que afeta diretamente a saúde e o bem-estar da população.
Com o decreto de emergência, a administração municipal busca apoio técnico e financeiro dos governos estadual e federal para lidar com as diversas demandas, como o resgate dos corpos, a limpeza das áreas afetadas e a recuperação dos danos ambientais.
Da redação Ponto Notícias l G1 MA