As vendas internacionais de produtos agrícolas e pecuários brasileiros alcançaram um total de US$ 164,4 bilhões em 2024, marcando o segundo maior resultado já registrado. Esse valor representou quase metade do volume total exportado pelo Brasil no ano, demonstrando a força do setor mesmo com a queda nos valores globais de algumas mercadorias essenciais.

A diminuição no desempenho das exportações de soja e cereais, atribuída a uma safra menos volumosa e à queda nos preços globais, foi equilibrada pelo aumento significativo nas vendas de produtos consolidados, como carnes, açúcar e álcool, produtos florestais e café. Outros itens, como fibras naturais, sucos, derivados do cacau e vegetais frescos, também apresentaram avanços notáveis, contribuindo para o resultado positivo geral do setor.

No último ano, diversos segmentos alcançaram resultados históricos em suas vendas externas, reforçando a posição estratégica do Brasil como um dos maiores exportadores globais de alimentos, fibras e energia. Entre os principais destaques, figuram itens como açúcar, café, algodão, carnes suína, bovina e de aves, além de celulose, suco e óleo essencial de laranja. Produtos menos convencionais no mercado externo, como limões, limas, chocolate, alimentos para animais de estimação, gengibre, derivados do cacau e cebolas, também tiveram desempenhos expressivos, ampliando a diversidade da pauta exportadora.

A China permaneceu como o maior comprador dos produtos brasileiros, totalizando um volume expressivo de vendas, enquanto a União Europeia e os Estados Unidos ocuparam o segundo e terceiro lugares, respectivamente. Regiões emergentes, como a África e o Oriente Médio, registraram crescimentos significativos nas importações de itens do Brasil, beneficiadas por esforços de aproximação diplomática e estratégias de promoção no comércio exterior.

Os resultados refletem a estratégia governamental de ampliar a diversidade de itens exportados e os destinos atendidos. Em 2024, o país alcançou marcas históricas em vendas externas de diversos produtos, fortalecendo sua posição no mercado global. Esse avanço foi impulsionado por um número sem precedentes de acessos a novos mercados e expansões comerciais, além de iniciativas significativas para promover produtos brasileiros internacionalmente, com especial atenção a setores emergentes de grande potencial econômico.

A expansão produtiva contribuiu para atender à demanda interna e disponibilizar excedentes destinados ao comércio exterior, gerando divisas e promovendo a criação de postos de trabalho, sobretudo em áreas rurais. Conforme destacou o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, o agronegócio reafirmou sua posição de destaque ao representar metade das exportações nacionais. Ele enfatizou ainda os frutos dos esforços conjuntos entre Governo e iniciativa privada para aumentar a presença global do setor, diversificando tanto os itens comercializados quanto os mercados alcançados.

O ministro Carlos Fávaro ressaltou expectativas otimistas para 2025, prevendo colheitas e produções recordes em diferentes segmentos do agronegócio. Ele destacou o papel fundamental das iniciativas voltadas à expansão e consolidação de mercados internacionais, bem como o impacto positivo das ações de promoção comercial, realizadas em colaboração com a Apex Brasil e o Ministério das Relações Exteriores. Esses esforços conjuntos apontam para a possibilidade de novos marcos históricos em volume e valor de exportações no próximo ano.

A previsão de uma safra histórica para 2025, combinada com estratégias intensificadas de promoção comercial e a expansão de mercados, reforça as perspectivas positivas para o agronegócio brasileiro. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) enfatiza o protagonismo do setor como um dos pilares essenciais da economia nacional e um importante fornecedor para o mercado global, consolidando o papel estratégico do Brasil no cenário internacional.

Da redação Ponto Notícias l MAPA